Crítica

"Anatel age como advogada das operadoras", critica senador

Na segunda-feira (18), a agência suspendeu os limites por 90 dias.

Agência Senado

Atualizada em 27/03/2022 às 11h33
Medeiros critica a postura da Anatel, a quem considera "agir na prática como a advogada das operadoras na promoção de um modelo perverso".
Medeiros critica a postura da Anatel, a quem considera "agir na prática como a advogada das operadoras na promoção de um modelo perverso". (Foto: Divulgação)

BRASÍLIA - Um "golpe" contra os usuários que afronta o Marco Civil da Internet e pode oficializar um modelo elitista e excludente nas telecomunicações do país. Com estas palavras o senador José Medeiros (PSD-MT) referiu-se nesta sexta-feira (22) em Plenário à decisão favorável da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em relação à limitações de franquia na banda larga fixa.

Na segunda-feira (18), a agência suspendeu os limites por 90 dias, exigindo que as operadoras cumpram determinadas regras antes de aplicar as sanções, como o fornecimento de ferramentas de acompanhamento no consumo. Ainda assim, Medeiros critica a postura da Anatel, a quem considera "agir na prática como a advogada das operadoras na promoção de um modelo perverso".

"Com esse modelo quem for de baixa renda só poderá usufruir de fato as possibilidades da rede mundial por um ou dois dias por mês. A pirataria vai voltar a explodir e, na prática, é como se regredíssemos ao tempo da internet discada", lamenta. Para o senador, a nova regra tem o intuito não-declarado de combater o crescimento exponencial nas plataformas de streaming e estancar a sangria já percebida no número de usuários dos serviços de TV a cabo.

"É uma tentativa mal disfarçada de forçar milhões de usuários a aderirem a franquias mais caras, prejudicando o direitos dos brasileiros de se comunicarem", reforça.

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