SÃO LUÍS – Uma experiência brasileira com o desenvolvimento de alimentos mais nutritivos foi apresentada no início desta semana na segunda edição da "Conferência Global sobre Biofortificação", na cidade de Kigali, em Ruanda (África), que reuniu 300 representantes nacionais, regionais e internacionais de governos, empresas e da sociedade civil. Variedades de arroz, feijão, batata-doce, mandioca, milho, feijão-caupi, abóbora e trigo – com maiores teores de pró-vitamina A, ferro e zinco – começam a deixar os laboratórios e campos experimentais para serem cultivados por agricultores de municípios do Piauí, Maranhão e Minas Gerais, entre outros Estados. Os alimentos biofortificados já estão sendo incluídos na merenda escolar, onde sua eficácia na prevenção de doenças em crianças é avaliada por cientistas.

Durante três dias da conferência, especialistas de várias áreas discutiram os avanços, desafios e oportunidades para a disponibilização de alimentos mais nutritivos à população mundial. Coordenada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a "Rede Biofort" de projetos de biofortificação de alimentos no Brasil apresentou os resultados de trabalhos que pretendem contribuir com o combate à deficiência de micronutrientes no organismo humano, a popular fome oculta, que provoca a anemia e a cegueira noturna.

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