Paim critica José Dirceu e o compara a Duque de Caxias

Agência Senado

Atualizada em 27/03/2022 às 15h12

BRASÍLIA - O vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), aproveitou o discurso em plenário, em que destacou a comemoração do Dia Mundial da Consciência Negra, na próxima quinta-feira, para dar uma resposta ao ministro da Casa Civil, José Dirceu, que sugeriu, segundo o senador, o seu afastamento do cargo em função de divergências com pontos da política do atual governo.

Sem mencionar o nome do ministro, Paim chamou José Dirceu de "todo poderoso de hoje", comparando-o ao "todo poderoso das forças imperiais de represssão" na revolução Farroupilha, também sem citar o nome do general Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.

Paim afirmou que o Império fez um acordo com os lanceiros negros de anistiá-los ao fim da guerra.

O senador disse que o Império, no entanto, não respeitou o acordo e mandou massacrar os negros que tinham participado do movimento. Segundo ele, "o todo poderoso de hoje quer fazer a mesma coisa com a sociedade brasileira que foi feita pelo todo poderoso de ontem". "Nem o Golbery ( general Golbery do Couto e Siva, chefe da Casa Civil do governo Geisel) teve coragem de fazer isso, de sugerir a perda do cargo do vice-presidente do Senado, que foi eleito em plenário por todos os senadores".

Paim disse que a história não vai se repetir e que usará a arma da palavra e do voto para sempre defender o povo e que ninguém vai lhe tirar esse direito. Sobre o fato de manter suas críticas a programas do governo, Paulo Paim afirmou que se for chamado a sair do PT , deverá tentar um acordo e não esperar ser expulso.

"Me dêem o meu processo de expulsão e eu assino o meu pedido de saída do PT", destacou. Segundo ele, "o governo com certeza está abandonando suas bases".

Após o discurso de Paulo Paim, o senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO), encerrou a sessão.

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