O pacto com toda a sociedade, a principal promessa de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, começará a ser traçado nesta quinta-feira, com uma reunião em São Paulo entre o presidente eleito e representantes de diversos setores, como o empresariado e o sindicalismo.
Lula convocou a reunião nesta segunda-feira, após um encontro da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, em São Paulo, ao qual compareceram governadores eleitos pela legenda, além de prefeitos das capitais, entre outros correligionários.
O futuro presidente encarregou o coordenador da transição, Antonio Palocci, de fazer pessoalmente os convites para a reunião sobre o pacto social.
O presidente do PT, deputado federal José Dirceu, informou que a expectativa é de que o Conselho de Desenvolvimento Social, proposto por Lula, comece a ter sua estrutura delineada na quinta-feira.
"Vamos discutir a própria questão do conselho e propostas que o governo futuro poderá implementar no país, como é o caso do programa de combate à fome", declarou Dirceu, evitando detalhar pontos da agenda.
"Isso tudo tem que ser agendado na própria reunião de quinta-feira", explicou. "O pacto social envolve inclusive reformas que têm que ser aprovadas no Congresso Nacional, como a tributária e a previdenciária".
Nos últimos dias, Lula tem recebido apoio no Brasil e no exterior à sua proposta de pacto social.
Seu porta-voz, André Singer, confirmou que o secretário da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, e o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela manifestaram pessoalmente, por meio de telefonemas, sua satisfação.
Lula também já conta com ofertas concretas, como a do presidente mundial da Mercedes Benz, Juergen Hubbert, que anunciou nesta segunda-feira um investimento de US$ 500 milhões no Brasil nos próximos anos.
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