Lula inicia montagem do Ministério em reunião hoje

O Globo

Atualizada em 27/03/2022 às 15h27

SÃO PAULO - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva reúne hoje a executiva nacional do PT para avaliar o resultado das eleições e discutir a participação do partido no futuro governo. Será a primeira reunião da executiva nacional após a vitória de Lula. Por isso, o encontro foi ampliado e contará também com as presenças dos governadores e prefeitos petistas das capitais.

— Deveremos discutir a relação do PT com o governo. É claro que o governo é muito mais amplo do que o PT — disse o deputado federal José Genoino (SP), vice-presidente do partido e integrante da Executiva Nacional.

Além da relação do PT com o futuro governo, a executiva fará uma análise do desempenho eleitoral do partido nos estados e da eleição de Lula. Integrantes das correntes de esquerda, que são minoria no partido, deverão voltar a criticar a política de alianças usada no processo eleitoral. As cobranças mais duras, porém, deverão ficar para a reunião do diretório nacional, instância partidária superior à executiva, daqui a duas semanas. O tema mais delicado é o aumento do salário-mínimo.

— Não tenho condições de pedir desculpas ao governo Fernando Henrique Cardoso. O debate orçamentário sobre o salário-mínimo e o superávit fiscal reproduzem o acordo com o FMI — disse a senadora Heloisa Helena (AL), radical integrante da executiva.

Desde a semana passada os dirigentes do PT mais próximos de Lula têm procurado os líderes radicais para ouvir suas reivindicações e discutir o espaço que eles terão no governo.

Outro assunto em pauta é a transição. O coordenador da equipe técnica, Antonio Palocci, deverá anunciar novos nomes. E pedir empenho aos governadores e prefeitos na liberação de funcionários que participarão da transição. A divisão de cargos do futuro governo não está na pauta.

Ainda hoje Lula inicia efetivamente o processo de montagem do futuro Ministério. Ele já tem alguns nomes na cabeça e deverá revelá-los aos operadores políticos, que levantarão informações sobre os indicados e sondarão aliados e os próprios ministeriáveis. Entre os operadores políticos de Lula estão José Dirceu, Luiz Dulci, Antonio Palocci, Luiz Gushiken, Aloizio Mercadante e Marta Suplicy. Este grupo também será responsável por levar os perfis dos ministros pretendidos por Lula aos aliados e ouvir sugestões. As decisões finais caberão exclusivamente ao presidente eleito.

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