Bacabal

Preso bando suspeito de falsificação de documentos

Segundo a polícia, a quadrilha agia em Bacabal, Caxias e Teresina (PI).

Imirante, com informações da Rádio Mirante AM

Atualizada em 27/03/2022 às 12h00

SÃO LUÍS - Uma megaoperação conjunta das polícias Civil e Militar conseguiu desarticular, no fim da tarde de terça-feira (11), na cidade de Bacabal, a quadrilha responsável pelo roubo de 900 cédulas de identidade em branco do caminhão do Viva Cidadão, crime ocorrido na tarde do dia 30 de novembro, naquela cidade. Na ação policial, quatro homens e uma mulher foram flagrados em um quarto de motel, quando planejavam mais uma investida criminosa.

Segundo as investigações, o bando é suspeito de aplicar golpes em beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). "Eles falsificavam as identidades, arregimentavam alguns aposentados para receber os benefícios do INSS. Nesta oportunidade, a quadrilha retornava da cidade de Pinheiro, trazendo alguns desses idosos beneficiados, e a quantia em dinheiro por ela arrecadada", disse o delegado Carlos Alessandro Rodrigues Assis.

No motel, localizado na Avenida João Alberto, por volta das 16h, a polícia prendeu Jaime Júnior Oliveira Santos, de 22 anos, que é filho do ex-vereador Jaime Cândido; Cristiano Lima Almeida, de 25 anos; Eduardo Gomes da Silva, de 35 anos, e Thamires Gomes da Conceição, de 19 anos. A operação policial se estendeu ao município de Pinheiro, e lá prendeu Izael Sá Lopes Júnior. Com eles, foram recuperados identidades falsas.

"Em poder do grupo que estava no motel, conseguimos apreender várias carteiras falsas e outras em branco, procurações, aparelhos celulares, HDs de computadores, dois veículos Volkswagen, um Golf branco (OJK-4791), e uma Parati prata (NNH-7619), além da quantia de R$ 3.248,75. Todo esse material servirá como prova da autoria e da materialidade dos crimes", acrescentou o Carlos Alessandro, titular da 16ª Delegacia Regional de Bacabal.

A operação contou com a participação de policiais da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), deslocados à região, e do 15º Batalhão da PM, sob a coordenação do tenente-coronel Egídio Amaral Soares, que conseguiu prendeu a sexta pessoa suspeita de participação no assalto à unidade móvel do Viva Cidadão. Wanderson Cley Alves Lima, de 26 anos, é apontado como um dos assaltantes que levaram as 242 folhas de RGs em brando.

O inquérito deve ser concluído nos próximos 10 dias, prazo no qual deve sair o resultado da perícia sobre as cédulas de identidade em branco apreendidas, e de alguns chips de celulares encontramos em poder do suspeito.

Operação

A ação conjunta das policiais judiciária e ostensiva da cidade de Bacabal foi realizada simultaneamente à chamada operação Final de Ano em Paz, uma iniciativa do comando do 15º Batalhão da PM que visa fortalecer a segurança na região e combater a criminalidade, principalmente no período das festividades do Natal e Ano Novo. Segundo informou o tenente-coronel Egídio Amaral Soares, os trabalhos preventivos da polícia se estenderão até o dia 2 de janeiro de 2014, e se destinará às áreas comerciais e à zona rural do município.

Entenda o golpe

Segundo investigou a polícia, a quadrilha utiliza cartas precatórias para o recebimento ilegal do pagamento a pessoas que ganhavam causas judiciais, contra a contra a União, estados e municípios. Como estas informações são divulgadas em diários oficiais, jornais e outros meios de comunicação, os estelionatários se apossavam dos dados como: nome, endereço e documentos das vítimas e recrutavam idosos de pouco conhecimento para conseguir fotos dos referidos aposentados para confeccionar as cédulas de identidades falsas, porém, com dados verdadeiros.

Longe de qualquer suspeita, a quadrilha, portanto, instruía as vítimas a ir até as agências bancárias para realizar o primeiro saque, porém, os benefícios depositados subsequentes eram retirados na boca do caixa antes dos beneficiários, que só então se davam conta de que haviam sido vítimas de uma fraude. De acordo com as investigações, há possibilidade de participação de funcionários de instituições bancárias na trama, que também ajudavam a fazer empréstimos irregulares, em nome de aposentados e pensionistas, utilizando a mesma documentação.

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