SÃO LUÍS - O 2º Tribunal do Júri de São Luís julga, nesta quarta-feira (19), Carlos André Rodrigues da Luz, o “camarão”, 32 anos, pelo estupro e assassinato de uma menina de 8 anos. A garota foi assassinada por asfixia mecânica por esganadura, após ser violentada sexualmente. O crime aconteceu no dia 8 de junho de 2014, por volta da 0h15, no bairro Maracanã.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o réu entrou na casa da vítima, pela porta dos fundos e, na ausência de seus pais e parentes maiores, retirou a criança que se encontrava dormindo e a levou para os fundos de uma casa em construção e, lá, praticou o crime, colocando o corpo da menina em um buraco, encobrindo-o com folhas e galhos. Consta, na decisão de pronúncia, haver indicativos de ter o acusado violentado sexualmente e asfixiado a criança. Carlos André Rodrigues da Luz está preso na UPR do Olho-d’Água.
O julgamento vai ocorrer no salão do 2º Tribunal do Júri, localizado no 1º andar do Fórum Desembargador Sarney Costa (Calhau), começando às 8h30 e será, presidido pelo juiz Gilberto de Moura Lima. Atuarão na acusação o promotor de Justiça Rodolfo Soares dos Reis e, na defesa, o defensor público Marcus Patrício Soares Monteiro.
Conforme a denúncia, Carlos André Rodrigues da Luz, após discutir com a esposa em uma seresta, saiu do local por volta da meia-noite, indo para sua residência e, 30 minutos depois, a esposa foi atrás dele. No depoimento, a tia da criança contou que, na noite e do crime, na primeira vez que foi até a casa da família da menina, chegou a ver o acusado se aproximando da porta do quintal da residência, a lâmpada estava desligada, e a porta do quintal só encostada, viu o acusado tentando empurrar a porta e que havia quatro crianças no quarto, mas o réu, ao perceber a chegada da testemunha, saiu a chegada da testemunha saiu do local.
A mãe da criança disse, em seu depoimento, que, quando chegou em casa com o marido, por volta das 2h, só encontrou outros filhos, e a menina estava desaparecida. Chegaram, inclusive, a ir até a residência de Carlos André Rodrigues da Luz, procurando a criança, e o acusado estava deitado no chão no terreno em frente à casa dele. Nesse momento, os vizinhos saíram para procurar a criança, e o réu, também, ajudou nas buscas. Quem encontrou o corpo da vítima foi um irmãodo acusado por volta de 5h da madrugada, no matagal, a 25 metros do local em que o réu dormia na madrugada do crime.
No seu depoimento, Carlos André Rodrigues da Luz negou ter praticado o crime. Ele disse que, durante a seresta, discutiu com sua esposa, indo para casa, onde tiveram outra discussão, o que o motivou a ir para o terreno dormir. Também negou ter ido à porta da casa da vítima e de ter sido visto no quintal da residência da família da criança naquela noite. O O réu, também, não confessou o crime nos depoimentos feitos na polícia. Sobre o arranhão no seu pescoço, ele afirmou que foi feito por sua esposa, no momento da discussão.
A materialidade do crime, conforme consta no processo, ficou comprovada no exame cadavérico, laudo pericial em peças de vestuário e em tecido utilizados pelo acusado e pela vítima, laudo de exame químico toxicológico em material biológico, exame em local de morte violenta e, por fim, no laudo de identificação humana por biologia molecular (DNA).
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