SÃO LUÍS – O esgoto vai criando caminhos por estreitas ruas, enquanto os moradores se viram para conseguir água potável. Esta é a realidade do Residencial João Alberto, em São Luís.

Em 11 anos, a comunidade nunca viu as ruas serem asfaltadas, nem viu chegarem serviços de saneamento básico. “Nenhuma rua dessa tem asfalto. É uma lama tremenda e nem está chovendo. É poeira todo dia, eu tenho que limpar a casa duas, três vezes”, afirma o técnico de Edificações Raimundo Nonato, que mora na rua Helena Hylle.

Quando chegamos à rua Irene Sousa, na manhã desta quinta-feira (30), dona Maria Quitéria estava preparando a mangueira para encher a caixa d’água dos vizinhos. “Isso aqui é uma calamidade. Água aqui só de poço”, relata a dona de casa.

Lá, o único sistema de abastecimento de água que eles conhecem é o de parceria. Como ela própria explica, um ajuda com a bomba, outro com a energia elétrica, tem aquele que contribui para pagar a conta, mas ninguém fica sem água.

Com a estiagem, o bairro está seco, apesar do esgoto que escorre o tempo todo pelas ruas. Mas a comunidade sabe bem que o problema é pior no período chuvoso. “Quando é verão é a poeira, quando é inverno é a lama”, diz dona Maria Quitéria. “Nós mesmos colocamos entulho. Carro passa e acaba com tudo. É muita poeira que dá gripe, alergia nos olhos”, acrescenta dona Francilene Lima, que, também, mora na rua Helena Hylle.

A reportagem do Imirante.com entrou em contato com a Prefeitura de São Luís e com a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) e aguarda o posicionamento de ambos.

Veja a galeria de fotos do bairro:

Sem pavimentação, comunidade é deixada na poeira

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.