SÃO LUÍS - A entoação do Hino Nacional Brasileiro, seguido da canção internacional “I will survive”, na voz da cantora Gloria Gaynor, deram a largada para o desfile de trios elétricos na 7ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), que atraiu milhares de pessoas ontem à noite para a Avenida Litorânea. Mais de dez trios elétricos percorreram um trecho da avenida, no sentido praia do Calhau-praia de São Marcos. O evento foi patrocinado pelo governo do Estado e pela Prefeitura de São Luís.
Os carros traziam modelos performers masculinos, travestis, militantes de movimentos em defesa da causa homossexual e simpatizantes em geral. Embaixo, uma multidão se divertia ao som de um eclético repertório. Muitos compareceram usando fantasias coloridas, de personagens da TV e dos desenhos animados. Vários grupos que trabalham pela causa LGBT entregaram panfletos contendo informações de alerta contra o preconceito sexual.
A festa movimentou os bares e alguns aproveitaram para homenagear o movimento GLBT com uma decoração especial. Foi o caso do Bar da Marlene, localizado na praia de São Marcos. No primeiro trio, estava o modelo Marcelo Medina, do elenco da revista G Magazine.
Segundo o coordenador-geral do evento, Carlos Garcia, a Parada Gay do Maranhão está na terceira colocação no ranking das melhores do Brasil. Ele disse que o objetivo é contribuir para uma cidadania sem preconceitos. “O que nós queremos é apenas respeito, pois contribuímos para o desenvolvimento do nosso estado e para o crescimento do Brasil”, disse Carlos Garcia.
Carlos Garcia afirmou ainda que o foco da parada este ano é a violência contra travestis e transexuais. Ele lembrou a violência que resultou na morte de 44 travestis no Maranhão, no período compreendido entre janeiro do ano passado e maio deste ano. O ator Uilmar Júnior, que foi para a parada vestido com uma fantasia nas cores do Brasil, disse que queria fazer um alerta à população com relação às eleições de outubro. “Temos que ter cuidado com os candidatos homofóbicos, pois o preconceito é algo arcaico e que não pode mais existir. Não podemos permitir, hoje em dia, um candidato preconceituoso. Este é um alerta a todos, para que pensem bem antes de votar”, disse Uilmar Júnior.
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