Lítia Cavalcanti

'O maranhense vem se contaminando por conta da AmBev'

Promotora diz que a culpa por insetos em garrafas é da empresa que fabrica os produtos.

Paulo de Tarso Jr./Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h11

SÃO LUÍS - Em entrevista à Rádio Mirante AM, no início da tarde desta quarta-feira (12), a promotora de Defesa do Consumidor, Lítia Cavalcanti, afirmou que, mais uma vez, foram encontrados insetos dentro de garrafas lacradas de cerveja das marcas Brahma e Antarctica, ambas produzidas pela AmBev. De acordo com Lítia, a AmBev é a culpada por contaminar o consumidor maranhense, pois segundo ela, os laudos do Instituto de Criminalística (Icrim) comprovam que todas as garrafas analisadas estavam lacradas.

- Eu tenho laudo do Icrim, que é um laudo oficial. E neste laudo, em todos os inquéritos, todos atestaram que a garrafa estava lacrada e que foram localizados elementos infectos dentro das garrafas. O maranhense vem bebendo, vem se contaminando com um monte de bactérias por conta da AmBev - afirmou

Segundo Lítia, três garrafas irregulares chegaram à Promotoria, o que reforça que os inquéritos que motivaram a inspeção na AmBev, realizada no mês de julho, estavam corretos.

- Os inquéritos que motivaram a inspeção na AmBev, foram inquéritos já periciados pelo Icrim. Temos aqui duas garrafas Brahma e uma Antarctica. Eu tenho uma garrafa com duas tampinhas dentro, cheia de larva. Tem outra que tem um chiclete e tem outra que está cheia de sujeira – disse a promotora.

No entanto, Lítia Cavalcanti revelou que não apenas garrafas de cerveja estão irregulares. De acordo com a promotora, foi encontrada uma aranha caranguejeira dentro em um garrafão de água totalmente lacrado.

- Tem uma caranguejeira dentro. Você paga por uma água, que você acha que é mais limpa e, na hora, você encontra uma caranguejeira dentro de um garrafão da Indaiá – revelou.

A promotora mostrou-se preocupada com todas estas irregularidades encontradas. Desta forma, ela adiantou que enviou um ofício à Vigilância Sanitária para que todos os lotes destas bebidas sejam recolhidos, para evitar contaminação da população, uma vez que se trata de uma “situação de saúde pública”. Além disso, a promotora explicou que está repassando algumas denúncias para a Delegacia do Consumidor (Decom), com o objetivo de serem instaurados processos policiais.

Mesmo assim, Lítia Cavalcanti disse que, além desta sua atitude, o Ministério Público deve entrar com uma ação de indenização contra os responsáveis por todas essas irregularidades.

- Eu mandei um ofício hoje para a Vigilância Sanitária para poder fazer o recolhimento destes lotes, porque eu acredito que esta coisa tem que ser recolhida porque é uma situação de saúde pública. Essas reclamações que tão vindo para cá, eu estou remetendo para a Decom, para que seja instaurado o processo policial. Isso não impede que o MP entre com a ação que é cabível e também com a ação de indenização por danos coletivos – explicou.

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