Morte súbita de bebês pode ser causada por anomalia cerebral

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 14h13

SÃO PAULO - A morte súbita de bebês, que normalmente acontece entre os dois e quatro meses de idade, seria fruto de uma anomalia na parte do cérebro que regula o sono, a respiração e a temperatura corporal, de acordo com um estudo divulgado nesta terça-feira.

Os neurologistas Hannah Kinney e David Peterson, do Hospital Infantil de Boston e da Escola de Medicina de Harvard, analisaram o cérebro de 31 lactentes falecidos por essa síndrome e de outros dez mortos por outras causas.

Sua análise se concentrou, particularmente, no bulbo raquiano, parte inferior do tronco cerebral, onde descobriram anomalias nas células nervosas que produzem e utilizam a serotonina, um dos 100 mediadores químicos que transmitem as mensagens entre os neurônios.

A medicina acredita que a serotonina e o mecanismo cerebral que produz esse agente químico desempenham um papel na coordenação da respiração, controle da pressão arterial, sensibilidade ao dióxido de carbono (CO2), assim como na temperatura do corpo.

Quando os bebês dormem sobre o ventre da mãe (posição fortemente desaconselhada pelos pediatras), respiram, provavelmente, mais CO2 e menos oxigênio.

Nos lactentes que sofrem anomalias no sistema de produção e utilização da serotonina, seus reflexos respiratórios e para acordar podem se ver afetados, explicou a doutora Kinney.

Os dois médicos esperam que, a partir de sua descoberta, seja possível desenvolver métodos de diagnóstico das anomalias e encontrar tratamentos correspondentes.

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