Músicos, instrumentistas e artistas dos mais diversos setores da cultura maranhense e outras personalidades se reuniram a amigos e familiares de Papete para velar o corpo do percussionista maranhense que faleceu na madrugada desta quinta-feira (26) no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, onde estava internado para o tratamento de um câncer de próstata.
Papete morreu aos 68 anos vítima de uma insuficiência cardiorrespiratória, segundo informação da família.
O velório teve início às 6h com família e amigos na Casa do Maranhão. Depois das 9h foi aberto ao público. O corpo será cremado - cumprindo um desejo de Papete - no Cemitério Jardim da Paz, na Estrada de Ribamar, por volta das 15h30.
Para o músico e instrumentista Chiquinho França o amigo deixa um verdadeiro legado para os artistas maranhenses:
"Eu acho que Papete foi inspiração para toda essa gama de artistas que apareceram depois dele. Papete era uma grande referência - é uma grande referência - não só para a música, mas para toda a cultura, o folclore... eu tenho dito que ele trilhou a carreira dele sem muito egoísmo (...) Um cara que manjava muito da produção desde da criação, da composição, da gravação em estúdio, do palco, da coisa da mídia, de como fazer com que a música tocasse (...) Ele vai deixar esse legado pra gente de que tudo é possível com a qualidade", falou o artista sobre a vida profissional do amigo.
Carreira de Sucesso
José de Ribamar Viana, o Papete, nasceu em Bacabal – a 240 km de distância da capital –, e é uma das principais referências do São João do Maranhão, com canções e composições que marcaram gerações, como ‘Bela Mocidade’, ‘Boi da Lua’ e ‘Coxinho’. Seu trabalho mais destacado é ‘Bandeira de Aço’.
Papete foi reconhecido um dos melhores percussionistas do mundo, nos anos de 1982, 1984 e 1987, quando participou do ‘Festival de Jazz de Montreux’, na Suíça.
Reportagem: Danilo Quixaba
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