Tratamento do câncer

ITZ: radioterapia pelo SUS será oferecida em menos de 2 anos

Falta apenas a Vigilância Sanitária homologar o projeto de instalação do tratamento.

Jefferson Sousa/Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h53

IMPERATRIZ – Quem procura o tratamento contra o câncer em Imperatriz se depara com várias de dificuldades que, dependendo do estágio da doença, pode piorar no quadro clínico e, até, apressar a morte. São tantos problemas que não é possível contá-los numa mão só.

Mesmo com os avanços significativos no tratamento do câncer em Imperatriz e o amplo debate sobre o assunto no meio social e político, ainda, falta o tratamento de radioterapia pelo SUS, da Braquiterapia (utilizado no tratamento do câncer do colo do útero, da próstata, pele, entre outros), da oncologia pediátrica e de uma estrutura física maior para as dezenas de pacientes da cidade e regiões vizinhas.

Há casos em que o paciente passa mais de 60 dias na fila de espera pelas sessões de radioterapia que é oferecida apenas em duas cidades próxima de Imperatriz que são Araguaina (TO) e São Luís.

A estudante Valdenice Oliveira, de 23 anos, há mais de dois meses, está em busca de um tratamento de radioterapia para sua mãe Erenice Alves Costa.

A dona de casa de 40 anos foi diagnosticada com carcinoma no colo uterino ou câncer de colo de útero. A jovem estudante relata que, há seis meses, a mãe luta contra a doença e se diz assustada com a situação do tratamento ou pela falta do tratamento, situação que afeta, diretamente, o quadro clínico de dona Erenice Alves, que já vem perdendo uma quantidade significativa de sangue.

“Como está sangrando muito, foi pedida uma radioterapia. O médico disse que só parava de sangrar com a radioterapia. Se ela não fizer, vai a óbito, foi o médico que falou. Fomos atrás de tudo já, e eles relataram que tem muita gente na fila de espera. Eu já até fiz o cadastro dela no Tratamento Fora do Domicilio (TFD), mas tem mais de mês que corro atrás disso. Devido ela está perdendo sangue, ela vive aqui (hospital) tomando sangue, mas quando fica melhorzinha levo ela para casa", informa a jovem durante visita ao hospital São Rafael esta semana para saber como anda o nome de sua mãe na fila de espera do TFD.

Esperança

Em busca de um tratamento integralizado, ou seja, que realize quimioterapia, radioterapia e cirurgia oncológica, o médico oncologista e coordenador da Unidade de Alta Complexidade de Oncologia (Unacon) em Imperatriz Adriano Rêgo Lima de Medeiros afirma que o tratamento de radioterapia está dependendo, somente, de uma homologação da Vigilância Sanitária para ser instalado no município, com o de Braquiterapia.

“Imperatriz está em um momento especial no tratamento do câncer. Já temos uma conversação avançada com a empresa que produz a máquina, já tivemos uma conversa recente com a Secretaria do Estado para a implementação do tratamento e estamos dependendo, somente, da homologação da vigilância estadual e, a partir daí, encaminhar ao Cenem (Conselho Nacional de Energia Nuclear)", revela o coordenador.

A previsão dele é que em 1 ano e meio todo o processo estará concluído com a instalação dos equipamentos para, finalmente, o atendimento começar a ser oferecido.

Estrutura

O hospital São Rafael, da rede privada, é referência no tratamento de câncer na região e o único na cidade que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Ele conta com uma ala composta por três salas de consultas, 11 médicos para realizar, em média, 2.300 consultas ao mês, 76 ao dia; uma sala de procedimentos de enfermagem, de psicologia, administração, de quimioterapia, que comporta 10 pessoas, enfermaria e UTI, e uma recepção que mal cabe funcionários e pacientes.

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