Imperatriz

Fiqueninho: da glória ao abandono do principal ginásio esportivo público

Ginásio integra complexo esportivo Barjonas Lobão, também, abandonado.

Laís Ferreira/Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h54

IMPERATRIZ – Após anos de abandono, o antigo complexo esportivo Barjonas Lobão, que teve seus dias de glória durante as competições escolares, hoje dá lugar a um projeto de construção da Praça da Juventude, obra de mais de R$ 2 milhões em recursos do Governo Federal em parceria com o município.

 Ginásio de esportes Fiqueninho atualmente, em fase de reconstrução, mas obra está lenta.(Foto: Laís Ferreira/ Imirante Imperatriz)
Ginásio de esportes Fiqueninho atualmente, em fase de reconstrução, mas obra está lenta.(Foto: Laís Ferreira/ Imirante Imperatriz)

Iniciada no segundo semestre de 2012, a obra segue lentamente e a construtora responsável promete entregá-la até agosto deste ano.

O complexo esportivo Barjonas Lobão, que tem como maior destaque o ginásio Fiqueninho, foi o endereço das disputas das principais modalidades dos Jogos Escolares de Imperatriz (JEIs) durante a década de 1980.

 O ginásio Fiqueninho foi por muitos anos, durante os Jogos Escolares, o local de disputas de futsal, vôlei e handebol.(Foto: Professor Carlos Airton/ Divulgação)
O ginásio Fiqueninho foi por muitos anos, durante os Jogos Escolares, o local de disputas de futsal, vôlei e handebol.(Foto: Professor Carlos Airton/ Divulgação)

No ginásio Fiqueninho eram disputadas as partidas de futsal, vôlei, basquete e handebol. Ainda havia, no complexo, áreas voltadas para modalidades esportivas como caminhada e o atletismo.

Com o passar do tempo e a falta de conservação, o complexo esportivo foi se deteriorando, até, ser abandonado totalmente.

 O complexo esportivo Barjonas Lobão está em obra e deverá ganhar a Praça da Juventude e reconstrução do ginásio Fiqueninho.(Foto: Laís Ferreira/ Imirante Imperatriz)
O complexo esportivo Barjonas Lobão está em obra e deverá ganhar a Praça da Juventude e reconstrução do ginásio Fiqueninho.(Foto: Laís Ferreira/ Imirante Imperatriz)

Na década de 80, também, surgiu o “Movimento SOS Fiqueninho” que teve por objetivo cobrar, das autoridades, a reforma do complexo. Esse movimento foi liderado pelo então professor de educação física e atualmente vereador Rildo Amaral. Anos depois foi realizada uma reforma, mas, não foi suficiente para manter o complexo funcionando com força total.

Praça da Juventude

Em 2010 finalmente foi aberta uma licitação para a criação da Praça da Juventude, - nesse período o Fiqueninho já estava abandonado e em 2012 inicia-se a demolição do antigo complexo - , para dar lugar à construção da Praça da Juventude.

 Escolas municipais utilizavam o ginásio Fiqueninho durante os Jogos Escolares de Imperatriz(JEIs).(Foto: Professor Carlos Aírton/ Divulgação)
Escolas municipais utilizavam o ginásio Fiqueninho durante os Jogos Escolares de Imperatriz(JEIs).(Foto: Professor Carlos Aírton/ Divulgação)

O prazo de entrega da Praça da Juventude, que consta na placa, já deteriorada pela ação do tempo, era de seis meses, porém, o tempo passou e a obra que está estipulada em mais de R$ 1,5 milhão até hoje não foi entregue.

 Área interna do complexo esportivo Barjonas Lobão deverá receber Praça da Juventude em fase de construção.(Foto: Laís Ferreira/ Imirante Imperatriz)
Área interna do complexo esportivo Barjonas Lobão deverá receber Praça da Juventude em fase de construção.(Foto: Laís Ferreira/ Imirante Imperatriz)

O encarregado da obra da Praça da Juventude Edilson Santana Chagas, afirmou que, ’’agosto desse ano é o prazo final para entregar a obra, pela parte da piscina não sei informar porque é a outra construtora que está envolvida’’.

A demolição do Complexo esportivo Barjonas Lobão deixou os estudantes de escolas públicas sem local para treinar para participar dos jogos escolares. Com isso, elas passaram a depender da estrutura como quadras e campos de escolas particulares, segundo relata o professor Carlos Airton.

’’Hoje o que nós observamos são praças sem condições de sediar os jogos, e a ausência dessa praça pública gera o direcionamento dos jogos para as instituições particulares, caso elas queiram ceder, e, nos horários que puderem ceder’’, reclama.

Quando estiver pronta a Praça da Juventude contará com duas quadras, sendo apenas uma coberta, pista de skate, pista para salto, pista para caminhada, área de exercícios, piscina, campo de futebol society, além de salas de reunião, vestuário e a administração.

Para o professor Carlos Airton, o projeto da Praça da Juventude não foi adaptado às condições necessárias, pois, conta que uma das quadras não será coberta.

’’Uma região igual a nossa, o próprio Ministério da Educação (MEC) já proibiu as escolas de serem construídas com quadras descobertas, é inviável, pois, ela só será utilizada pela manhã, das 6h às 8h e pela tarde depois das 17h. Nos demais horários fica impossível de utilizar as quadras, os bancos e acho até que a piscina’’.

 Placa instalada na área do complexo Barjonas Lobão mostra valor total de recursos destinados a obra da Praça da Juventude.(Foto: Laís Ferreira/ Imirante Imperatriz)
Placa instalada na área do complexo Barjonas Lobão mostra valor total de recursos destinados a obra da Praça da Juventude.(Foto: Laís Ferreira/ Imirante Imperatriz)

O professor Carlos Airton, ainda, completou seu posicionamento sobre a piscina semiolímpica (que está estipulada num valor de meio milhão de reais) e as consequências da mesma.

’’Para a construção dessa piscina, foi retirada a pista de atletismo, mas, se formos analisar nós temos em média 3 mil pessoas que praticam o atletismo e nós não vamos ter 200 fazendo natação. A manutenção mensal já foi estipulada em 15 mil reais e o município não consegue fazer a manutenção das praças já existentes, e como vai obter recursos para a manutenção da piscina’’ afirma.

 Placa instalada na área do complexo Barjonas Lobão mostra que município teve 180 dias para conclusão da obra.(Foto: Laís Ferreira/ Imirante Imperatriz)
Placa instalada na área do complexo Barjonas Lobão mostra que município teve 180 dias para conclusão da obra.(Foto: Laís Ferreira/ Imirante Imperatriz)

O prazo para a entrega da piscina está estipulado em quatro meses, mas, ainda não há confirmação, pois, o ritmo da obra, contraria a data de entrega.

Mais informações

O Ginásio de esportes Fiqueninho ganhou esse nome em referência ao ex-prefeito José de Ribamar Fiquene.

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