Opinião

São Luís antiga e moderna

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

Nesta quarta-feira, 8 de Setembro, São Luís completa 409 anos de muitas histórias e tradições, como patrimônio histórico, cultural, praias e uma beleza natural de grande reconhecimento. A capital maranhense, com suas ladeiras, sobrados coloniais e encantos, resiste ao tempo, mas avançando em passos largos com a expansão imobiliária de prédios modernos e vistosos, em contraste com o seu rico conjunto arquitetônico. A cidade antiga e a moderna unidas por pontes e por um amor indivisível.

É impossível resistir ao charme e beleza de São Luís, em que pese tão castigada por falta de políticas públicas eficientes e transparentes traduzidas em obras em benefício real para a sua população, que continua apostando em melhores dias em setores, como educação, saúde e urbanismo. Ainda assim, a cidade resiste e o ludovicense contribui para o processo contínuo de mudanças, almejando melhores dias e buscando no presente um futuro de desenvolvimento para todos.

Também é importante cobrar do ludovicense mais consciência para continuar cuidando e mantendo as belezas naturais da cidade. Não basta apenas levantar erros e fazer exigências ao poder público, é preciso cuidar para poder desfrutar das praças, ruas e avenidas, entre outros logradouros, e das praias, que apresentam alto nível de poluição. Muitos reclamam da sujeira na cidade, entretanto, é grande a falta de conscientização com a limpeza, evitando o descarte do lixo em esquinas e terrenos baldios, sem a espera da coleta. Há deficiências nesse serviço, mas, antes de tudo, todos devem fazer a sua parte. É preciso amar a cidade.

Pelo segundo ano consecutivo, o aniversário de São Luís foi impactado pelas medidas restritivas que foram decretadas para evitar a disseminação da Covid-19, muito embora as mais diversas atividades comerciais e sociais da cidade já tenham sido restabelecidas – ainda que com recomendações. Os eventos que reúnem grande público – que seria o caso de shows em comemoração ao aniversário da cidade – estão suspensos e ainda sem data de retorno. Não custa lembrar que a nossa maior festa popular – o São João – deixou de ser realizada mais uma vez este ano, atingindo fortemente a economia, o turismo, e para a tristeza de milhares de pessoas que curtem a diversidade dos folguedos juninos.

Lembrando que em dezembro de 1997 São Luís tornou-se Patrimônio Mundial da Humanidade, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco). O ato ocorreu na cidade de Nápoles, na Itália. O conjunto arquitetônico do Centro Histórico, é composto por casarões seculares, revestidos por azulejos portugueses, reúne um acervo com mais de mil prédios construídos entre os séculos 18 e 19, que são tombados pelo patrimônio federal.

A capital colonizada por portugueses nasceu moderna, já que sua planta foi desenhada no século 17 e inspirada pelo urbanismo espanhol, que à época tinha Portugal sob domínio. As peculiaridades, como traçados lineares nas ruas, com desenhos geométricos, quadras bem desenhadas, garantiram o título a São Luís.

Portanto, São Luís tem uma longa e linda história delineada por seu povo alegre e festeiro, que tem força suficiente para novos desafios. E a capital maranhense é tudo isso e mais nos belos versos do poeta Bandeira Tribuzi no hino Louvação de São Luís: “Ó minha cidade/deixa-me viver/que eu quero aprender/ tua poesia/ sol e maresia lendas e mistérios/ luar das serestas/e o azul de teus dias/ quero ouvir à noite/ tambores do Congo gemendo e cantando dores e saudades/ a evocar martírios lágrimas, açoites que floriram claros/ sóis da liberdade”.


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