PT ainda não definiu posição em 215 municípios do Maranhão
Até o momento a sigla definiu pré-candidaturas apenas nas cidades de Caxias e Timon, segundo membros da própria sigla; em Pinheiro e Bacabal, articulação depende de aval
SÃO LUÍS - Ainda indefinido quanto ao seu destino eleitoral em 2020 na capital do Maranhão, São Luís, o Partido dos Trabalhadores (PT) vivia situação parecida em praticamente todos os municípios do estado.
Por decisão nacional, todas as definições petistas acerca de táticas eleitorais devem ter aval de instâncias superiores - estaduais, ou da própria nacional.
Por isso, no caso maranhense, apenas em dois municípios, de 217, pode-se afirmar que uma decisão já está tomada: em Caxias e Timon.
No primeiro caso, a sigla havia se decidido pelo apoio à reeleição do prefeito Fábio Gentil. Ocorre que o atual gestor é filiado ao Republicanos, partido da base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com quem o comando do PT não quer qualquer aproximação. Assim, após análise superior, decidiu-se pelo lançamento da candidatura própria na cidade.
Já e Timon, a escolha do rumo partidário ocorreu sem problemas. A militância decidiu pelo apoio à pré-candidata do PSB, Dinair Veloso - tia do prefeito Luciano Leitoa (PSB). Como o partido faz parte do espectro esquerdista, houve o aval.
Em Pinheiro e Bacabal, as direções locais até já se decidiram: apoio às reeleições dos prefeitos Luciano Leitoa (PP) e Edvan Brandão (PDT), respectivamente. Nos dois casos, contudo, ainda há necessidade de confirmação.
Procurado por O Estado, o presidente estadual do PT, Augusto Lobato, informou que os encontros municipais de táticas eleitorais deveriam ser realizados, nos casos de cidades entre 20 mil e 100 mil eleitores, até o dia 2 de agosto, cabendo ao comando estadual referendar suas decisões, ou não, até o dia 10 deste mês.
Em relação aos municípios com mais de 100 mil eleitores, a orientação é que as instâncias estaduais emitam pareceres à direção nacional, que é quem definirá a questão. “Estamos vendo cada caso”, destacou.
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Em São Luís, maior colégio eleitoral do Maranhão, o PT segue sendo procurado pelo PCdoB, que busca a confirmação de uma aliança como forma de reforçar a pré-candidatura do deputado federal Rubens Júnior a prefeito.
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Os comunistas já davam a composição como certa no início do mês quando a direção nacional petista mandou adiar um encontro que definiria a tática eleitoral do partido na capital maranhense, há pouco mais de uma semana - o que acabou esfriando os ânimos.
Na última sexta-feira, 7, contudo, o presidente estadual do PCdoB no Maranhão, deputado federal Márcio Jerry – coordenador da pré-campanha de Rubens – voltou ao tema. Reunido com o presidente estadual do PT, Augusto Lobato, debateu alianças em diversos municípios, inclusive em São Luís.
“Eleições em São Luís e Imperatriz foram as principais pautas”, informou o perfil do PCdoB nas redes sociais.
PT é passado, diz Orlando Silva, pré-candidato do PC do B a prefeito de SP
Enquanto em São Luís o PCdoB segue em busca do apoio do PT, na cidade de São Paulo o pré-candidato comunista, Orlando Silva, parece desprezar a força petista.
Em entrevista à Folha, ele apontou para um ruptura na tradição do partido de se coligar com o PT nas eleições da capital paulista.
“O Lula foi um extraordinário presidente, mas nós temos que olhar para a frente”, afirma à Folha o deputado federal. “A esquerda precisa ser mais humilde”, segue.
Baiano que mora há 28 anos na cidade e já foi vereador, Orlando pretende enfatizar na campanha deste ano a bandeira do antirracismo e o combate a problemas da periferia. Diz também querer desmistificar o comunismo.
“Quero levar a indignação de quem convive com o racismo estrutural porque já sentiu na pele tudo o que o negro sente. São Paulo precisa ser uma cidade menos desigual e que dê chance ao povo pobre.”
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