A primeira semana deste ano, o Partido dos Trabalhadores (PT) voltou a ser foco no noticiário após especulações sobre uma suposta composição do governador do Maranhão, Flávio Dino, com o apresentador da TV Globo Luciano Huck. Em todo o período, o PT maranhense permaneceu fora do debate, principalmente, porque o partido – mais uma vez – se mantém em crise interna após processo eleitoral da legenda.
O nome principal do PCdoB, Flávio Dino, teve supostos gestos divulgados em sites nacionais sobre uma suposta reunião (ou encontro em evento) do governador com o apresentador Luciano Huck. As especulações foram muitas que incluíram até Dino sendo um vice numa eventual candidatura de Huck para presidente da República em 2022.
Outras especulações (que tiveram ares de plantação de informações pouco verídicas) disseram respeito a uma suposta reunião de Flávio Dino com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como forma de resposta a tal união do principal nome do PCdoB com um candidato que seria visto como fora do campo da esquerda.
Durante toda a semana que passou, o debate dominou os sites de notícias e jornais locais e nacionais. Na contramão disto, tem o PT do Maranhão que, em qualquer momento, se manifestou a respeito do jogo eleitoral de 2022 que envolve o seu aliado no estado e o partido.
O presidente estadual petista, Augusto Lobato, que ainda está com sua “vitória” no Processo Eleitoral Direto (PED) subjudice, nada comentou a respeito de Dino e o PT para 2022.
Os parlamentares da legenda, Zé Inácio (deputado estadual), Zé Carlos (deputado federal) e Honorato Fernandes (vereador de São Luís) também ficaram de fora da discussão.
Posição dos petistas do Maranhão é consequência de uma guerra interna que veio com o PED municipal ocorrida em outubro do ano passado e da escolha estadual do novo comando da sigla no estado.
Os petistas não se entendem e disputam a presidência do partido em São Luís e no Maranhão. A guerra deixa o PT maranhense de fora dos debates pra a sucessão na capital e também reduz o partido quando se trata das discussões nacionais.
PED
O PED de 2019 está subjudice desde a eleição para presidência do PT na capital maranhense. Urnas canceladas e votos não computados. Suspeita de fraudes no processo de votação e também durante a apuração. Tudo isto, levou a escolha do novo comando da legenda em São Luís para a última instância.
O mesmo ocorreu em relação a eleição para escolha do presidente estadual do PT no Maranhão. Com as incertezas quanto aos votos na disputa municipal, os recursos que deixam o processo eleitoral petista no estado subjudice traz até filiados já falecidos com assinaturas na lista de votação.
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Estar a cargo da direção nacional a decisão sobre o futuro do PT no Maranhão. A previsão é de que a Executiva Nacional se reunirá somente no início de fevereiro para definir quem vai ficar a frente do partido na capital e no estado.
Na disputa em São Luís estão o vereador Honorato Fernandes e seu adversário Kleber Gomes. Os dois já se declararam eleitos.
Na estadual, augusto Lobato já até tomou posse, mas pode deixar o comando do PT, caso a decisão da direção nacional favoreça seu adversário, Francimar Melo.
Mais
Manifestação
Sobre a suposta composição Huck/Dino, somente o vice-presidente do PT, deputado Paulo Teixeira, se manifestou sobre o assunto. Em rede social, o petista disse que o governador do Maranhão deverá compor a chapa do ex-presidente Lula ou do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, nas eleições presidenciais de 2022.
Partido está de fora do
debate eleitoral em SL
Não é somente de fora do debate nacional que envolve o aliado no Maranhão que o PT do estado estar de fora. Nas eleições municipais deste ano, os petistas caminham sem rumo. Há um movimento de uma ala que tenta trabalhar para que o partido tenha candidatura própria. A aliança como o PCdoB em torno do nome de Rubens Júnior também é uma corrente que vem sendo cogitada no partido. O apoio a Bira do Pindaré (PSB) é outra possibilidade.
Na defesa de candidatura própria está a ala encabeçada pelo vereador Honorato Fernandes. A defesa é de que o atual presidente da Agência de Mobilidade Urbana (MOB), Lawrence Melo, seja o nome do PT para a disputa municipal em São Luís.
O grupo de Augusto Lobato defende a união do PT com o PCdoB para apoiar a candidatura de Rubens Júnior.
Uma pequena ala, que ainda é ligada ao deputado Bira do Pindaré mesmo este tendo deixado o PT ainda em 2013, quer o partido coligado com o socialista em torno da candidatura dele a prefeito de São Luís.
No entanto, de fato, não há qualquer conversa de costura dentro do PT. As manifestações são isoladas.
A previsão é de que somente após decisão da direção nacional sobre o futuro do PT maranhense é que os debates sobre a sucessão na capital sejam iniciados.
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