Dono do maior tempo de televisão concedido ao governador Flávio Dino (PCdoB) na campanha eleitoral de 2018, o Partido dos Trabalhadores (PT), que deu sustentação política à reeleição do comunista no estado, não terá os seus espaços ampliados na reforma administrativa imposta pelo chefe do Executivo.
No ano passado, a legenda perdeu a Secretaria de Estado de Esportes, que era ocupada por Márcio Jardim e depois disso ficou apenas com pastas modestas e de membros que não atendiam a cota da direção partidária.
Na Secretaria da Mulher, foi efetivada Terezinha Fernandes e na Agência Estadual de Mobilidade Urbana (MOB), o delegado Lawrence Melo, que havia acabado de se filiar na legenda numa movimentação do próprio núcleo do Governo.
A tendência, com o avanço da reforma administrativa já iniciada por Dino, é de que o partido perca ainda mais espaços no primeiro escalão do Governo.
Isso por que a deputada estadual Ana do Gás já foi convidada oficialmente pelo Executivo para assumir a Secretaria da Mulher. Se a mudança ocorrer, Terezinha Fernandes deve deixar a pasta e ser conduzida à outra de menor potencial. Fala-se na Secretaria do Trabalho e Economia Solidária, de menor orçamento e representatividade.
Polêmica
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No ano passado, ao constatar que o PT não teria sequer espaços na chapa majoritária de Flávio Dino, uma ala do partido reagiu à aliança com o PCdoB.
Na ocasião das discussões, o petista Aníbal Lins chegou a escrever uma carta aos maranhenses, com repúdio à aliança.
Segundo Lins, todos os movimentos de Dino, até aquele momento, desvalorizavam o PT no estado. Ele citou a queda de Márcio Jardim da Secretaria de Esportes, que agora será comandada pelo ex-deputado Rogério Cafeteira (DEM).
"A Secretaria Estadual de Esportes do Maranhão que era ocupada pelo petista histórico, combativo e honesto Márcio Jardim, com orçamento anual de mais de R$ 50 milhões foi cedida para o deputado federal golpista André Fufuquinha do Partido Progressista – PP, que votou no impeachment da presidente Dilma, que votou pelo congelamento por 20 anos em investimentos sociais e que aprovou a reforma trabalhista, que precarizou o emprego no Brasil", disse Aníbal Lins na ocasião.
Lins também reclamou naquela ocasião, da ausência do partido numa posição de protagonismo na disputa por uma das vagas ao Senado. Ele afirmou que Dino apenas queria, na campanha de 2018, o tempo de TV da legenda para a disputa eleitoral.
A sigla, segue com espaços reduzidos no Maranhão.
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