Criminalidade

Policiais envolvidos em crimes na Grande Ilha respondem a processos

Em menos de 60 dias, três profissionais da área de segurança foram presos; um dos detidos foi um soldado da PM e estava fardado comprando entorpecentes

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Soldado Thiago Aquino Fontes, preso por roubo no Cohatrac (Policiais)

SÃO LUÍS - Em um intervalo de menos de dois meses, três policiais, que deveriam está combatendo a criminalidade, foram presos acusados de envolvimento em ações criminosas na Grande Ilha. O último caso ocorreu na tarde de quinta-feira, 12, no bairro do Olho d’Água, quando um soldado da Polícia Militar fardado, nome não revelado, em companhia de um homem, que está no aguardo de ser nomeado para a mesmo corporação militar, foi flagrado por policiais da Superintendência de Repressão ao Narcotráfico (Senarc) comprando entorpecente.

O delegado Albert Fontes, da Senarc, declarou que os dois foram abordados quando estavam deixando uma residência, no Olho d’Água, usada como ponto de comercialização de droga. No local, ainda foi preso um homem que é acusado de ter vendido o entorpecente para o militar, além da apreensão de uma pistola 380, 138 comprimidos de ecstasy, 50 selos de LSD e uma porção de maconha do tipo Skank.

O militar foi levado para a sede da Senarc, no Bairro de Fátima, onde prestou esclarecimento sobre o caso e, logo depois foi entregue ao comando da Polícia Militar. O delegado informou que o soldado vai ser investigado tanto pela Polícia Civil quanto pela Militar.

Roubo

O soldado Thiago Aquino Ferreira Santos, de 29 anos, lotado no 9º Batalhão da Polícia Militar, foi preso no último dia 5, na região do Cohatrac por uma guarnição da Polícia Militar. Com ele, foi apreendido um revólver calibre 38 municiado.

De acordo com a polícia, Thiago Aquino em companhia de outros criminosos estavam assaltando nessa localidade. Os militares foram informados e saíram em diligência, conseguindo prender o soldado em flagrante. Ele foi apresentado no comando da Polícia Militar, no Calhau.

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O comando da Polícia Militar informou que Thiago Aquino tinha ingressado recentemente na corporação, mas era considerado como desertor devido ter se ausentado do serviço por vários dias sem nenhuma justificativa. Havia, inclusive, a informação de que o soldado era usuário de droga e sofria de transtornos psicológicos. Ele já tinha sido preso pelo Batalhão de Choque, no Parque Bom Menino, no mês de março de 2014, suspeito de roubo.

Bando

No dia 28 de janeiro foram presos em cumprimento de uma ordem judicial o policial civil Valdemir Damasceno Ramos, de 64 anos, e Jairon Everton Diniz, de 36 anos, que prestava serviço para a Delegacia Geral da Polícia Civil. De acordo com a polícia, eles são acusados de serem os “cabeças” de um bando especializado de crimes de extorsão e roubo e ainda usavam a aparelhagem da Secretaria de Segurança Pública (SSP) durante as ações criminosas.

O delegado Paulo Arthur declarou que essa quadrilha está agindo na Ilha desde o mês de dezembro do ano passado, tem como alvo estrangeiro que residem em São Luís e feirantes. Pelo menos cinco ações criminosas chegaram ao conhecimento da polícia. Uma delas faz referência ao vídeo divulgado na mídia e na rede social, na feira do bairro da Cidade Operária.

Nessa ação, o policial civil, Jairon Everton e um ex-agente penitenciário temporário, portando colete balístico da Polícia Civil e armados atacaram vendedores de bingo com o objetivo de conseguir dinheiro de forma ilegal. Eles também roubaram uma quantia de R$ 1.400,00 de um colombiano e tomaram de assalto uma motocicleta no São Raimundo, de um pastor de uma igreja evangélica. Esse veículo estava sendo utilizado em assaltos. Esses criminosos tentaram, também, extorquir um estrangeiro e adquirir de forma irregular um veículo, que estava estacionado há um ano em um condomínio, localizado no bairro da Forquilha.

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