Segurança Pública

Associação de esposas de policiais do Maranhão ameaça realizar protesto

Presidente da entidade confirma encontro, cita descaso com PM''s e não descarta movimento semelhante ao do Espírito Santo

OESTADOMA.COM

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
Policiais do Maranhão estariam trabalhando sem condições, segundo associação (Blitz PM)

SÃO LUÍS - O caos que se instalou no estado do Espirito Santo, com a greve da Polícia Militar, tem chocado do o país. Saques e ondas de violência chamam atenção e 703 policiais foram indiciados pelo crime de revolta. Todo esse cenário foi desencadeado após um protesto realizado por mães, esposas e irmãs de PM’s. Aqui no Maranhão, um protesto do mesmo jeito começa a ganhar corpo, principalmente após um episódio em que policiais teriam trabalhado com fome em uma festa de pré-carnaval no centro de São Luís. A Associação das Esposas, Familiares e Amigos dos Policiais e Bombeiros Militares do Maranhão (ASEFAPBM-MA) marcou uma reuniu para o próximo domingo (12) e, segundo a presidente, diante da extensa lista insatisfação dos familiares um protesto para impedir que os PM’s saiam para rua não está descartado. Na Assembleia Legislativa do Estado, o deputado Sousa Neto (PROS) chamou atenção para o problema.

Segundo a presidente da ASEFAPBM-MA, Joselene Medeiros, afirmou que o encontro entre os associados será realizado neste domingo, às 10h, na sede da associação dos Inativos, no Angelim. Ela afirmou que a pauta de discussão envolve uma gama extensa de insatisfação.

“Vamos nos reunir, sim. Estamos enfrentando um grande descaso com a nossa polícia no Maranhão e não podemos ficar de braços cruzados. Nossos policiais estão sofrendo, trabalhando em péssimas condições. Principalmente no interior. Têm PM’s trabalhando em viaturas com pneus carecas, em carros velhos. Sem segurança. Esses pais de família estão passando por vários problemas. Eles estão sempre nos pedindo apoio. Agora chegamos ao limite”, comentou.

Joselene Medeiros falou também sobre a possibilidade de um protesto maior, até com uma possível paralisação da categoria. “O que nosso governo fala sobre as mil maravilhas da nossa polícia não é verdade. Nossos policiais não estamos satisfeitos. Não descartamos qualquer tipo de paralização. Vamos nos reunir, elaborar uma extensa pauta de reivindicação e expor para a sociedade. Elegemos um deputado para representar os nossos policiais na assembleia e ele nos abandou, virou para o lado do governo”, completou.

Recentemente, a Associação das Esposas, Familiares e Amigos dos Policiais e Bombeiros Militares do Maranhão emitiu uma nota de apoio aos familiares dos policiais do Espirito Santo. Nesta mesma nota, a associação elenca várias denúncias de descaso. Em trecho o comunicado fala em desvio de diárias, cartão corporativo, irregularidades no abastecimento de combustíveis, desvios de funções na prisão do Comando Geral, o “Manelão”, entre outras denúncias.

Policiais sem comida e crítica na AL

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A presidente da Associação das Esposas, Familiares e Amigos dos Policiais e Bombeiros Militares do Maranhão falou sobre um episódio que teria acontecido em uma festa de pré-carnaval na Madre Deus. Segundo denúncias de alguns policiais, eles estariam sendo obrigados a trabalhar em pé durantes 07 horas sem qualquer refeição no evento.

“Temos este caso absurdo da Madre Deus. Estamos colhendo todas estas informações. Já nos manifestamos por meio de nota e vamos discutir isso no nosso encontro. Esse caso é apenas mais um”, disse Joselene Medeiros.

Na tribuna da assembleia, o deputado Sousa neto também falou sobre o assunto e afirmou que o comandante desta operação na Madre Deus estaria sofrendo retaliação da Secretaria de Segurança Pública do Estado após ter dispensados os policiais que estavam trabalhando com fome.

“Major Rangel foi escalado para o policiamento do pré-carnaval na Madre Deus, cuja jornada seria das 17h às 00 h. Por volta das 20h, policiais reclamaram de que não havia jantar. O oficial entendeu que seria desumano manter um policiamento em pé durante sete horas sem qualquer refeição e achou por bem dispensá-los mais cedo, às 21h30. O secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, ao tomar conhecimento da situação, mandou, como é de praxe transferir o major do 9º BPM, onde era subcomandante, para outro setor no Comando Geral da PM, como forma de punição pelo ocorrido”.

A equipe de OEstadoMA.com entrou em contato com a assessoria de comunicação do Governo do Maranhão mas, até o momento, não recebeu resposta..

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