Dados da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) mostram que os maranhenses pagam hoje 31% a mais de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 2019, em relação a 2015, primeiro ano do governo Flávio Dino (PCdoB).
É resultado direto dos sucessivos reajuste de alíquotas do imposto autorizados pelo chefe do Executivo. Os números foram revelados em reportagem exclusiva de O Estado assinada pelo jornalista Gilberto Léda.
Na mesma medida em que é penalizado com a elevação excessiva do imposto no estado, o maranhense também tem sofrido com o aumento da extrema pobreza.
No fim do ano passado, relatório da consultoria Tendências apontou Maranhão como o estado líder no ranking negativo da extrema pobreza no país.
Na ocasião, a Tendência mostrou que o estado foi o que apresentou o maior índice de pobreza de 2014 até 2017.
O estudo da entidade confirmou o que já havia constatado o relatório do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), divulgado em dezembro de 2017, e que apontava, na ocasião, aumento da pobreza entre os anos de 2015 e 2016 no Maranhão em decorrência de um baixo desempenho do setor econômico local.
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Admitiu
Em janeiro deste ano, o governador Flávio Dino admitiu, em entrevista ao programa jornalístico GloboNews em Ponto, do canal fechado GloboNews, o aumento da extrema pobreza no Maranhão.
Na entrevista ele apontou a forte recessão econômica como responsável pela queda nos indicadores, que colocou o estado como o único da federação em que mais da metade da população vive em situação de pobreza.
O comunista foi entrevistado por uma bancada formada pelos jornalistas Aline Midlej, Octavio Guedes e Júlia Guimarães.
“O estudo ao qual você se refere mostrou, infelizmente, o aumento da extrema pobreza em todo o país. No Brasil cresceu a extrema pobreza e em todos os estados, em razão da brutal recessão econômica. É claro que os estados que têm historicamente, uma maior dependência das transferências constitucionais federais, notadamente chamadas de FPE e FPM sofrem mais duramente com uma recessão econômica. Há privação de fontes fundamentais de recursos para implementação de políticas públicas. Nós estimamos que o Maranhão perdeu, nesse período de superrecessão, de hiperrecessão, mais de R$ 1 bilhão de receitas federais vinculadas em razão da diminuição da arrecadação federal de imposto de renda [...]”, disse.
O Maranhão é administrado desde 2015 por Flávio Dino. Em 2018 ele foi reeleito e exerce o segundo mandato à frente do Executivo Estadual.
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