Ranking negativo

DGE também aponta MA como o estado de piores indicadores sociais

Estudo avalia o desempenho de todos os estados e do DF na última década e apresenta projeções para 2022

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Gestão Flávio Dino não consegue explicar indicadores baixos no MA (Flávio Dino)

O estudo Desafios da Gestão Estadual (DGE) 2018, realizado pela Macroplan, aponta o Maranhão como o estado de piores indicadores do país. O levantamento, divulgado no portal da instituição, avalia o desempenho dos estados na última década e faz projeções para 2022.
Pelo relatório, o Maranhão ocupa a última colocação em aspectos como pobreza [2016 e 2017]; acesso à telefonia [2016 e 2017]; expectativa de vida [2016 e 2017]; acesso à internet [2015 e 2016]; renda domiciliar per capita [2016 e 2017]; PIB per capita [2015 e 2016] e informalidade [2016 e 2017].
O estado também fica com desempenho vexatório em outros aspectos do levantamento, a exemplo de: rodovias pavimentadas [23ª colocação]; saneamento adequado [23ª colocação]; inadequações de moradias [23ª colocação] e anos de estudo [26ª colocação].
Analfabetismo [25º lugar em 2015 e 24º em 2016]; Mortalidade infantil [22ª em 2015 e 19ª em 2016] e homicídios [13º em 2015 e 11º em 2016] são outros pontos destacados pelo relatório.
Há também um baixo desempenho, se comparado aos outros estados, no que diz respeito ao acesso de jovens ao ensino superior.
Neste aspecto, segundo o DGE, o Maranhão também ficou nas últimas posições, com o último lugar em 2016 e em 26º em 2017.
Para definir a situação de cada um dos estados, o estudo utilizou o Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE), que abrange um conjunto de 32 indicadores de 10 áreas de resultado: Educação; Capital Humano; Saúde; Segurança; Infraestrutura; Desenvolvimento Econômico; Juventude; Desenvolvimento Social; Condições de Vida e Institucional.

Endividamento
Além de ocupar as últimas posições em alguns dos principais indicadores do DGE, o Maranhão também aparece com uma evolução negativa no endividamento no quesito: despesa corrente líquida/receita corrente líquida.
Em 2017, segundo o relatório, o estado fixou patamar de 51% de endividamento. É o 12ª maior do país. Em 2014, segundo o próprio estudo, a faixa de endividamento era de apenas 46%.
As fontes para a situação fiscal e recursos humanos abordados no DGE foram a Macroplan – empresa brasileira de consultoria em cenários prospectivos, administração estratégica e gestão orientada para resultados -, com base no estado: Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais 2018 – STN/Ministério da Fazenda e Estadic/IBGE.
O Governo do Estado, em nota, negou os dados presentados no estudo – mesmo baseado em órgãos oficiais como o IBGE- e apresentou números próprios da gestão.
“Alguns dos indicadores utilizados para composição da nota geral do estado, em especial aqueles da saúde, têm defasagem de dois anos e, portanto, não captam adequadamente os efeitos das políticas de investimento implantadas pelo Governo do Maranhão nos últimos quatro anos. Entre os indicadores que utilizam como dados mais atuais os números de 2016, destaca-se: mortalidade infantil, homicídios e óbitos no transito, áreas que receberam grande número de investimentos nesse período”, diz a nota oficial.

Saiba Mais

No ranking geral do Índice do Desafios da Gestão Estadual (IDGE), que faz uma comparação de todos os estados, o Maranhão ficou na penúltima colocação, à frente apenas do Amapá. Neste mesmo ranking, o Distrito Federal é o primeiro colocado.

Três estudos dão destaque vexatório ao Maranhão

Além do estudo Desafios da Gestão Estadual (DGE) 2018, que apontou o Maranhão como o estado de piores indicadores do país, outros dois levantamentos recentes “rebaixaram” o estado governador pelo comunista Flávio Dino (PCdoB).
Na edição de ontem, O Estado trouxe como manchete reportagem que abordava a última posição do Maranhão no levantamento Índice Sebrae de Desenvolvimento Econômico Local, o (ISDEL), indicador criado pelo Sebrae Minas.
No ISDEL, foram cinco as dimensões analisadas: Capital Empreendedor (educação, renda e densidade empresarial); Tecido Empresarial (relacionado à existência de elementos do tecido social, tecido empresarial, programas e ações associativistas); Governança para o Desenvolvimento (participação e controle social, articulação e gestão pública); Organização Produtiva (aglomerações e diversificação produtiva) e Inserção Competitiva (especialmente informações do comércio internacional).

Pobreza
No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Relatório Síntese de Indicadores Sociais (SIS), que colocou o estado com um desempenho vergonhoso: mais da metade da população, segundo o relatório, vive em situação de pobreza.
Pelo levantamento, cerca de 54,1% dos maranhenses vivem com menos de R$ 406,00 por mês.
O instituto também mostrou que 81% dos maranhenses não possuem saneamento básico adequado e pontuou que 32,7% das pessoas não têm acesso à coleta direta ou indireta de lixo. Outras 29,2% das pessoas vivem sem abastecimento de água.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.