Audiência

Justiça mantém a prisão do ex-padrasto de Alanna Ludmilla

Robert Serejo prestou depoimento ontem, em audiência de custódia, no Fórum do Calhau; a polícia afirmou que poderá fazer a reprodução simulada do crime

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Robert Serejo foi ouvido ontem pela juíza Janaína de Carvalho, em audiência de custódia; prisão foi mantida (Robert)

A juíza da Central de Inquéritos e Custódias da Comarca da Ilha de São Luís, Janaína de Carvalho, manteve a prisão de Robert Serejo Oliveira, de 31 anos, durante a audiência de custódia realizada ontem no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau. Ele está preso desde o último sábado, 4, acusado de ter assassinado a sua ex-enteada, Alanna Ludmilla Borges Pereira, de 10 anos. O crime ocorreu no dia 1º deste mês, mas, o corpo da criança somente foi encontrado na sexta-feira, 3, enterrado sob entulhos no quintal de sua residência, no Maiobão, em Paço do Lumiar, com sinais de violência.
Exames periciais devem informar se a menina foi vítima de violência sexual e a causa da morte.

A magistrada manteve a prisão temporária do acusado, com base nos indícios de autoria no crime de homicídio, e à necessidade de que sejam prestados maiores esclarecimentos e individualizada a conduta, possibilitando a realização de todas as diligências indispensáveis à apuração. Esses argumentos também serviram de fundamentos da sentença da juíza
Lícia Cristina Ferraz de Oliveira, que decretou a prisão do acusado, durante o plantão criminal.

Janaína Carvalho ainda afirmou que pelo fato de se tratar de crime hediondo, a prisão temporária tem prazo de 30 dias, a contar da data da prisão que ocorreu no sábado. Também participaram da audiência de custódia, a promotora de Justiça Norimar Gomes Nascimento, e o defensor público Vinícius Goulart Reis.

Cela em Pedrinhas
Robert Serejo foi preso dentro de uma Van, na Estiva, quando tentava fugir para a cidade de Chapadinha. Ainda nesse dia, ele foi ouvido pela polícia e encaminhado para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde está preso em uma cela individual.

A cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o criminoso está sob a custódia do Estado e deve ser garantida a sua integridade física, pois, não seria de fato seguro deixá-lo em uma cela em companhia de outros apenados de Pedrinhas.

Ainda de acordo com a SSP, caso o criminoso estivesse em uma cela coletiva teria um risco muito grande de ser assassinado, pois, no sistema prisional, apenados não convivem de forma pacífica com os acusados de estupro e aqueles que cometeram crimes contra mulheres, crianças e idosos.

Reprodução simulada
Esse caso começou a ser investigado pela Delegacia do Maiobão como desaparecimento, mas, por determinação da SSP foi encaminhado para a Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP), ao ser descoberto do crime de homicídio. Na última segunda-feira foi formada uma comissão de delegados, composta por Lúcio Rogério Reis,
Viviane Azambuja, Henrique Mesquita, Paulo Arthur Franco e Cláudio Barros, para investigar esse caso.

O delegado Lúcio Rogério Reis, superintendente da SHPP, disse que o trabalho investigativo está bem adiantado e estão definidos a autoria e a motivação do crime. No momento, a polícia está tentando identificar mais um envolvido e há uma possibilidade no final do trabalho investigativo haver a reprodução simulada dos fatos.

Lúcio Rogério Reis informou que a reprodução simulada serve para retirar todas as dúvidas que ainda existam no trabalho investigativo e, logo após, o inquérito policial será remetido ao Poder Judiciário. “Nada ainda foi descartado e estamos tentando identificar se há outros envolvidos nesse crime”, disse o delegado.

ENTENDA O CASO

Na manhã de quarta-feira, 1º, a mãe da menor, Jaciane Borges Pereira, teria deixado Alanna Ludmila sozinha em casa, no Maiobão, em Paço do Lumiar, devido ter ido à procura de emprego. Nesse dia, a menor desapareceu e foi encontrada morta no dia 3.
A polícia ao analisar as imagens de câmeras de segurança, nas proximidades da residência da criança, observou a presença do ex-padrasto circulando na região no momento em que a menor havia desaparecido. Ele chegou a ser ouvido na delegacia, liberado e, horas depois não foi mais localizado.
Robert Serejo teve a prisão decretada pela justiça e no sábado, 4, foi preso dentro de uma Van, por dois sargentos da Polícia Militar, Burgos e César, tentando fugir da Ilha. Ele foi levado para a sede do Comando Geral da Polícia Militar, no Calhau.

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