Esperança

Teste da vacina contra zika dá certo em ratos

Experiência em humanos deve ser feita ainda este ano, segundo laboratório

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
Imagem do vírus da zika (pontos pretos) em um microscópio eletrônico (Vírus da zika)

SÃO PAULO

As esperanças de se desenvolver uma vacina contra o vírus da zika deram um passo adiante ontem, quando a empresa farmacêutica Inovio Pharmaceuticals disse que uma dose experimental induziu uma reação robusta e duradoura em ratos.

Atualmente, pelo menos 15 empresas e grupos acadêmicos estão empenhados na criação de vacinas contra o zika, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em função do temor crescente do público diante do vírus, que se propaga pelas Américas.

A zika, cujos sintomas incluem febre baixa e irritação cutânea, vem sendo ligado a casos de microcefalia – uma má-formação cerebral - em recém-nascidos no Brasil, embora a conexão ainda não tenha sido provada.

Não existe tratamento nem vacina comprovados contra a doença, uma prima próxima dos vírus que causam dengue, chikungunya e febre do Oeste do Nilo.

A Inovio disse em um comunicado que os ratos que receberam sua vacina desenvolveram anticorpos e mostraram reação das células-T, que desempenham um papel importante na imunização do corpo.

"A seguir, iremos testar a vacina em primatas não-humanos e iniciar a fabricação do produto clínico. Planejamos iniciar a Fase I dos testes em humanos de nossa vacina contra o zika antes do final de 2016", afirmou o executivo-chefe da Inovio, Joseph Kim.

A Fase I é o primeiro estágio de um processo de três etapas de testes de novos medicamentos e envolve o uso de um produto experimental em voluntários saudáveis.

A vacina de DNA da Inovio está sendo desenvolvida com a empresa sul-coreana GeneOne Life Sciences e com colaboradores acadêmicos. Um colaborador canadense disse à Reuters no mês passado que o teste da vacina em humanos pode começar já em agosto.

Projetos

Entre outras organizações com projetos de vacina contra o vírus da zika relativamente avançados está a indiana Bharat Biotech, que informou no início de fevereiro que sua vacina experimental está prestes a ser aplicada em testes pré-clínicos com animais.

Os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos também estão trabalhando em outra vacina de DNA, e a farmacêutica francesa Sanofi, que fabrica a primeira vacina contra dengue do mundo, anunciou em 2 de fevereiro que está lançando um projeto de vacina do zika.

Apesar do programa de trabalho acelerado, a OMS estima que serão necessários pelo menos 18 meses para que qualquer vacina contra o zika esteja pronta para ser utilizada em testes clínicos de larga escala.

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