SÃO LUÍS - O assassino confesso da menina Maísa Moreno da Silva, de 6 anos, que foi encontrada agonizando em matagal na cidade de Urbano Santos (262 quilômetros de São Luís) após ser estuprada e esganada vem sendo alvo ameaças – em áudios divulgados na internet -, de supostos detentos do sistema prisional do Maranhão após se mostrar frio e sem ressentimento. Fontes ligadas à Secretaria de Segurança Pública afirmam que José de Ribamar dos Santos Portácio, de 26 anos, está preso em uma cela isolada da Unidade Prisional de Ressocialização (UPR), Olho d’Água. Em entrevista a uma emissora de TV, o criminoso chega a afirmar que “apenas meteu o dedo” e que não lembra do que aconteceu no momento do assassinato.
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Devido a brutalidade do crime, a população da cidade se revoltou e tentou invadir a delegacia da cidade durante o depoimento de algumas testemunhas do caso. Segundo a polícia, durante o levante popular, pessoas ligadas a facções criminosas depredaram prédios públicos, incluindo o fórum que guardada processos criminais, e 12 pessoas foram presas pelos crimes de dano qualificado ao patrimônio público, associação criminosa e incitação ao crime. José de Ribamar dos Santos Portácio chegou a São Luís no helicóptero do Grupo Tático Aéreo, sob forte esquema de segurança.
O criminoso deve ficar entre 10 e 30 dias na Unidade Prisional de Ressocialização até que seja formalizada a sua transferência para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A fonte ouvida por O Estado Online afirma que a polícia quer preservar a identidade física do assassino e, por isso, talvez ele permanece na UPR.
Nos áudios divulgados na internet supostos detentos fazem fortes ameaças. “Quando eu ficar sabendo que ele [José de Ribamar] chegou aqui na Ilha eu vou falar com os irmãozinhos. Ele vai servir é de mocinha lá para todo mundo”, diz trecho de um dos áudios. Em mais um dos arquivos divulgados, os ameaçadores afirmam: “Todo mundo está com ódio da cara desse safado. Vamos arrancar a cabeça dele e jogar no asfalto”.
Frieza
Quando chegou na capital com a cúpula da Secretaria de Segurança Pública para uma entrevista coletiva, José de Ribamar foi evasivo em sua resposta, mas ainda na delegacia do município de Itapecuru ele deu declarações forte e com bastante frieza. Ao ser perguntado se ele teria matado a criança, ele diz que apenas a “convidou” para sair e diz não saber a idade da Maísa. “Eu não tentei matar ela, mas sei que ela morreu. Eu não escolhi ela, foi o acaso. Eu não sei o que foi que me deu, mas eu tive a intenção de mexer com ela”, disse ele, afirmando que estava sob efeito de bebidas alcoólicas.
Ao ser perguntado sobre o que aconteceu no matagal, o assassino diz que a criança saiu com ele por livre e espontânea vontade. “Eu não usei de força alguma. Na verdade, eu não tive relações com ela, na verdade eu botei apenas o dedo. Eu acho que ela morreu talvez pelo sol”.
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