COLUNA
Rodrigo Bomfim
Rodrigo Bomfim é jornalista de política do Grupo Mirante.
Análise

Votação da mesa diretora da Câmara de São Luís passa pelas eleições de 2026

Garantia da unidade da base governista até a disputa eleitoral é o objetivo máximo do Palácio dos Leões

Rodrigo Bomfim/Ipolítica

Mesa diretora da Câmara de São Luís: Beto Castro e Marquinhos são os atuais pré-candidatos (Reprodução/Redes Sociais)

O debate em torno das eleições da Mesa Diretora continua em evidência na Câmara Municipal de São Luís e deve pautar as articulações para as eleições de 2026.

Havia uma expectativa de que as discussões sobre o tema fossem retomadas de forma mais intensa na Casa, especialmente por meio de um dos pré-candidatos, o vereador Marquinhos Silva, do União Brasil, que pretendia responder à abordagem feita na tribuna, na semana anterior, pelo também pré-candidato Beto Castro, do Avante, e por seu aliado, o presidente da Câmara, Paulo Victor, do PSB.

Mas a discussão acabou ficando para depois, devido à ausência dos principais atores políticos envolvidos em algumas sessões nesta semana.

Paulo Victor, por exemplo, retornou ao parlamento municipal nesta última quarta-feira, e a sessão se limitou às discussões de ordem do dia, sem pronunciamentos na tribuna.

O presidente da Câmara publicou recentemente uma foto nas redes sociais ao lado do governador Carlos Brandão, hoje sem partido. Essa reaproximação poderia sinalizar um possível alinhamento político na leitura do contexto da votação da Mesa Diretora.

Poderia - mas algumas alas não entenderam dessa maneira.

Alguns parlamentares se limitaram a dizer que o encontro foi um movimento considerado normal, sem grande alarde - ressaltando que o governador é um diplomata e que apenas reafirmou esse perfil, como costuma fazer.

Ainda há muita articulação em curso entre os dois pré-candidatos, e esse trabalho de bastidor deve se intensificar ao longo do mês de novembro.

Fato é que o tom da disputa será definido quando houver uma data marcada para a eleição.

É confortável para a articulação política do Palácio dos Leões que essa escolha ocorra apenas após as eleições de 2026, evitando rompimentos desnecessários que possam reduzir a base governista em São Luís.

Será um ano eleitoral. Manter os vereadores unidos significa ampliar território político e garantir mais votos na capital - um esforço considerado crucial pelo Palácio.

Além disso, alguns vereadores planejam disputar vagas na Assembleia Legislativa, o que torna ainda mais importante a unidade da base governista - e a aproximação com o governador - durante o período das eleições.


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