Gravação supostamente ilegal trata de eleições e ação no STF
Representação dos deputados Márcio Jerry e Rubens Júnior apontam a gravação como ilegal; conversas tem relação com Colinas e escolha do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do MA.
SÃO LUÍS - Chegou a Câmara dos Deputados uma representação sobre suposta gravação de conversas de deputados federais do Maranhão feita aqui no estado de forma ilegal. Mas qual o conteúdo dessas conversas que ganharam força pelos corredores de Brasília após rumores de reportagem a respeito do caso? A história não é deste momento. Ela é de 2024 e nos bastidoes da política maranhense ficou conhecida como “resolve Colinas que a gente resolve o TCE”.
Essas conversas tiveram início logo após a judicialização da escolha de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão. Uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) foi impetrada no Supremo Tribunal Federal questionando a legalidade do rito da Assembleia Legislativa para escolha do membro do tribunal.
Isso era março de 2024, data em que saiu a liminar suspendendo todo o processo. Neste período acontecia também as negociações e conversas em torno das composições para as eleições municipais. E um dos maiores impasses era a disputa em Colinas.
Por lá, a família do governador Carlos Brandão (sem partido) tinha seu candidato, Renato Santos (MDB). Mas, segundo o deputado Márcio Jerry, havia um acordo para que o irmão dele, João Haroldo Saraiva Barroso fosse o candidato com o apoio da família do governador.
As conversas aconteciam e as negociações também. E entre as propostas apresentadas para uma composição pró-irmão de Jerry estava a ação do TCE no STF. O conteúdo do áudio classificado como ilegal pelos deputado mostra que se a candidatura de João Haroldo se consolidasse, o impasse da escolha de conselheiro seria resolvido.
Por isso, que nos bastidores da política veio a “máxima” de “resolve Colinas, que resolveremos TCE”.
Da suposta gravação até o momento atual, houve ainda prints de mensagens envolvendo um parlamentar e um membro do judiciário.
As conversas vazaram e chegaram a um veículo nacional que pediu nota aos deputados citados nas conversas, que logo se apressaram em desmentir o ocorrido.
O fato é que o imbróglio aumenta a cada dia no Maranhão e pode até respingar em membros do Judiciário. Aliás, essa escolha de conselheiro já rende duas ações diretas de inconstitucionalidade, uma investigação da Polícia Federal e agora uma representação na Câmara dos Deputados.
A novela parece ter seu enredo bem piorado a cada momento.
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