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Ex-aliados, Weverton e Othelino devem protagonizar embates

Deputado resgatou o caso de fraude no INSS para atingir o ex-aliado que circulou com o governador, em Brasília, mexendo no jogo político-judicial

Ipolítica

Weverton e Othelino na época em que suas conveniências estavam em sintonia (Divulgação)

SÃO LUÍS - A atuação do senador Weverton Rocha (PDT), em Brasília, nada agradou os oposicionistas do Maranhão. E a reação já veio. O deputado Othelino Neto (Solidariedade) já até retrucou retomando o assunto do INSS, que é delicado para a turma do PDT. Claro que o parlamentar não deixaria fácil para o ex-aliado que mexeu no jogo político-judicial lá no Supremo Tribunal Federal (STF).

O senador ajudou o governador Carlos Brandão (sem partido) a chegar ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, e levou para outras agendas que “são caras” para os palacianos nesse momento. Além disso, Weverton já estava na lista dos desafetos dos deputados de oposição após participar de atos políticos do grupo governista e declarar apoio ao governo Brandão.

E diante de tanta ação, Othelino Neto não deixaria passar e facilitar a vida do ex-aliado. Tocou no assunto do INSS, cujo esquema de fraude foi descoberto durante a passagem de Carlos Lupi (presidente nacional do PDT) pelo Ministério da Previdência Social. A fraude em questão eram os descontos indevidos da aposentadoria de milhares de brasileiros. O deputado quer apuração dos “grandes” que foram beneficiados no esquema.

E quem são esses “grandes”? Othelino Neto insinua que o senador pode ser parte da listas dos “grandes” do PDT.

Weverton, por sua vez, fez questão de reagir, mas de outra forma contra o ex-aliado. O pedetista disse que "trabalha pela união do grupo ao contrário de outras pessoas" deixando explícito que Othelino Neto quer o racha porque ele é o principal beneficiado no jogo político eleitoral.

Esse parece ser o primeiro de muitos confrontos que os dois ex-aliados devem ter até 2026 e eles trazendo o que mais demonstram ser os políticos brasileiros na atualidade: incoerentes de acordo com suas convenciências.

Weverton e Othelino se insurgiram, em 2020, quando o grupo do então governador Flávio Dino, criando o termo “deserte-se” na época em que decidiram apoiar Eduardo Braide, adversário de Duarte Júnior que era o candidato a prefeito do grupo dinista.

Assim permaneceram até janeiro de 2022, quando por conveniência política, Othelino traiu Weverton e foi abraçar o governador Carlos Brandão. Em troca, claro, teve a esposa, Ana Paula Lobato, primeira suplente de Flávio Dino na chapa de Senado, posteriormente, se tornando senadora sem ter buscado nenhum voto.

Como não conseguiu ser presidente da Assembleia de novo e nem indicar a irmã para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), Othelino decidiu largar a mão de Brandão.

Já Weverton, que sabe das dificuldades para buscar a reeleição, agarrou as mãos do governador para tentar a vitória nas urnas. 

Uma “perfeita dança das cadeiras” num ritmo de incoerente que Weverton e Othelino sabem levar com maestria.

 


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