DE OLHO NA ECONOMIA

Programas sociais que podem gerar emprego e renda

No Brasil, em maio de 2025, o programa beneficiou 53,8 milhões de pessoas, com um valor médio mensal de R$ 666,01.

Wagner Matos/Economista

Atualizada em 30/06/2025 às 15h33
programa social federal Bolsa Família.
programa social federal Bolsa Família. (Foto: Diulgação)

Fala, meus amigos, tudo bem!?

Como comentei anteriormente, a consultoria da qual faço parte, sempre realiza estudos e pesquisas aprofundadas sobre o setor produtivo. Pois bem, esse último levantamento tomou por base pessoas que recebem o programa social federal Bolsa Família e o estadual Maranhão Livre da Fome.

No Brasil, em maio de 2025, o programa beneficiou 53,8 milhões de pessoas, com um valor médio mensal de R$ 666,01. O valor total mensal repassado foi de impressionantes R$ 13,7 bilhões. No entanto, para este estudo, nos concentramos especificamente no estado do Maranhão, devido ao grande número de beneficiários. Nosso objetivo foi analisar como a combinação dos programas sociais federais e estaduais, de acordo com o perfil dos beneficiários cadastrados, podem transformar esses valores financeiros em gastos essenciais, especialmente com alimentação.

Os números do Maranhão para o mês de maio foram significativos. O programa beneficiou 3,4 milhões de pessoas, com um valor médio mensal de R$ 691,46, totalizando um repasse mensal de R$ 854,3 milhões. As informações foram obtidas diretamente do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, garantindo a fidedignidade dos dados.

Dessa vez, o trabalho é uma parceria estratégica entre a nossa consultoria Control Risk Analytics e o Governo do Estado do Maranhão, especificamente com a Secretaria da Fazenda Estadual (SEFAZ-MA). Esse levantamento integra os dados do programa social federal, o Bolsa Família, com o do programa social estadual, o Maranhão Livre da Fome. O Maranhão Livre da Fome paga um benefício médio mensal de R$ 200,00, auxiliando 432 mil maranhenses e gerando um valor total mensal de R$ 86,4 milhões em ajuda. Somando-se esses valores do Bolsa Família e do Maranhão Livre da Fome, temos um montante médio mensal de R$ 940,7 milhões. Ou seja, é um fluxo financeiro substancial que entra mensalmente na economia maranhense, com prioridade para despesas de alimentação, como produtos da cesta básica.

No entanto, nossos estudos apontam para uma contradição apesar desse volumoso recurso mensal que circula no Maranhão, tem gerado poucos benefícios econômicos diretos para a população e para o próprio estado. A razão principal é a nossa ainda limitada capacidade produtiva e os incentivos insuficientes para a produção de itens da cesta básica localmente. Consequentemente, uma parcela significativa desse dinheiro acaba sendo direcionada para outras regiões produtoras desses produtos, que, por sua vez, geram emprego, renda e arrecadação de impostos em outros estados do país ou até mesmo no exterior.

O resultado desse estudo não é apenas um diagnóstico, mas um catalisador para a mudança, que trará uma nova perspectiva e servirá como uma referência crucial para o planejamento de políticas públicas corretivas, que visem não só reter, mas também multiplicar esse capital dentro do estado. Além disso, o levantamento demonstra o enorme potencial para atrair investimentos do setor privado, transformando esses recursos financeiros que transitam mensalmente em um verdadeiro motor de desenvolvimento econômico local. Apenas precisamos planejar as estratégias de forma assertiva, com ações que possam ser implantadas no curto, médio e longo prazo. A nossa região é inegavelmente favorável, dotada de recursos naturais abundantes, terras com custo acessível e uma população ávida por oportunidades de emprego e melhoria de vida. Esta é, portanto, mais uma oportunidade clara e com grandes chances de resultados positivos. O sucesso dependerá, agora, da união e sinergia entre o poder público e o setor privado (investidores) para que, juntos, possamos concretizar essa visão de prosperidade.


 

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