Agenda no Maranhão

Em São Luís, Lula critica Bolsonaro e lembra negacionismo na pandemia

Presidente da República também mencionou ataques do adversário às urnas e crise com o Supremo.

Ipolítica

Atualizada em 21/06/2024 às 18h00
Lula concedeu entrevista exclusiva à Mirante News FM (Reprodução/YouTube/Canal Gov)

SÃO LUÍS - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não poupou críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao conceder entrevista, nesta sexta-feira (21), ao jornalista Jorge Aragão, da Mirante News FM.

O petista desembarcou na capital maranhense para uma série de anúncios do seu governo no estado.

Questionado sobre como tem acompanhado embates ideológicos no Congresso - como a recente discussão sobre a criminalização do aborto memo em casos de estupro, quando o feto tiver mais de 22 semanas -, ele atribuiu a escalada desse tipo de debate ao pensamento do governo anterior.

“Nós tivemos um momento na política brasileira, que se tinha um presidente que não respeitava nenhuma instituição democrática. Ele não respeitava sindicato, não respeitava associações, não respeitava as federações de empresários, não respeitava confederações. Ele, na verdade, respeitava aquilo que foi a criação dele, ou seja, a transmissão do ódio, da desavença, do confronto. Veja um negócio: ele tinha um assessor intelectual, que morreu nos Estados Unidos. O Olavo de Carvalho vendia a ideia, e tinha 55 milhões de seguidores , de que a Terra era plana. Então, esse tipo de gente governou o país", disse.

Lula lembrou, ainda, os ataques bolsonaristas às urnas eletrônicas no contexto da derrota do ex-presidente na eleição de 2022.

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“Depois de a gente ter provado no mundo inteiro que as urnas eletrônicas são as urnas mais seguras que tem, esse cidadão levantou suspeita na sociedade de que as urnas erravam e que ele perdeu as eleições por causa das urnas eletrônicas", completou.

Para corroborar a tese de negacionismo dos seus adversários, o presidente mencionou, ainda, o empenho de Bolsonaro em prol da divulgação da hidroxicloroquina como possível solução para a pandemia da Covid-19.

“Teve a Covid. Tem uma base científica que dizia qual era o remédio que era para Covid. Ele inventou um remédio, vendeu esse remédio, fez os laboratórios das Forças Armadas produzir um remédio que era proibido para o Covid. E teve quase 750 mil pessoas que morreram, metade poderia estar viva, se a gente tivesse feito as coisas corretas”, reiterou.

 

 

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