BRASÍLIA - O Partido dos Trabalhadores (PT) tenta convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a efetivar no comando do Ministério da Justiça o hoje ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias.
A mudança sugerida pelo PT ocorre pelo fato de o titular do Ministério da Justiça, Flávio Dino (PSB), estar cotado para o Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga da ministra Rosa Weber, que vai se aposentar da Corte.
O Ministério da Justiça é uma das pastas mais importantes do governo e, sob seu comando está, por exemplo, a Polícia Federal, que realiza algumas de suas investigações contra adversários diretos de Lula, a exemplo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alvo da PF.
Flávio Dino - que já acumula desgastes no comando da pasta -, pode ser indicado para o STF de imediato, o que abriria vaga para uma disputa interna no governo, pelo MJ.
Dentre os nomes estão Augusto de Arruda Botelho (secretário de Justiça), Marco Aurélio Carvalho (advogado) e Jorge Messias, nome favorito do PT, também já sugerido ao STF pela sigla.
Botelho é do PSB. Logo, a argumentação seria a de que sua escolha representaria uma continuidade da gestão Flavio Dino.
E Carvalho é um dos nomes mais próximos do presidente Lula como conselheiro jurídico. Ele coordena o grupo prerrogativas.
A expectativa do entorno de Lula é a de que ele defina o futuro da vaga de Rosa Weber junto com a escolha do novo PGR, quando voltar de viagem dos EUA.
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Cara de ministro?
No final do mês de agosto, Flávio Dino brincou em entrevista ao Estudio i, na GloboNews, ao ser questionado se gostaria de ser ministro do STF. “Tô com cara de ministro do STF?”, questionou.
Ele, contudo, nutre expectativa de poder suceder Lula nos próximos anos.
O presidente afirmou na campanha eleitoral de 2022, que não disputaria uma eventual reeleição, caso fosse eleito no ano passado.
Mas, já admitiu neste ano, que somente em 2026 voltará a pensar no tema, quando findará o seu mandato.
Se Flávio Dino for para o STF e quiser disputar a presidência, terá de repetir movimento que já fez no passado, quando abandonou a carreira de juiz para virar político: nesse caso, portanto, abandonar a toga na Suprema Corte – o mais alto posto da magistratura.
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