EM FAMÍLIA

Polícia Federal tentou realizar buscas e apreensões contra Juscelino Filho

Operação colocou ministro como integrante do chamado "núcleo público" do grupo suspeito de fraudar licitações. Pedidos contra Juscelino foram negados por Barroso.

Ipolítica

Atualizada em 01/09/2023 às 14h47
Polícia Federal suspeita da participação do ministro em suposto esquema de desvios de verbas. (Divulgação)

SÃO LUÍS - A operação Benesse, desencadeada na manhã desta sexta (1), tinha como principal alvo Juscelino Filho, atual ministro das Comunicações do governo Lula. A Polícia Federal solicitou buscas contra o ministro, porém, o pedido foi negado por Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

A investigação está focada em obras realizadas pela construtora Construservice, as quais foram contratadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e financiadas com recursos de emendas parlamentares, algumas das quais foram atribuídas a Juscelino Filho.

Além de Juscelino, sua irmã e prefeita de Vitorino Freire, Luanna Resende, foi alvo da operação. Além de ser afastada do cargo, ela foi alvo de buscas.

No total, estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Luís, Vitorino Freire e Bacabal, todas localizadas no estado do Maranhão. A investigação teve início em 2021, com a primeira fase sendo deflagrada em julho de 2022 e a segunda em outubro do mesmo ano.

De acordo com a Polícia Federal, esta fase atual da investigação tem como alvo o "núcleo público" da organização criminosa, após o rastreamento da alocação e desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação asfáltica.

A Polícia Federal destacou que, se as suspeitas forem confirmadas, os envolvidos poderão ser acusados de fraude em licitações, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva.

Um dos principais alvos da investigação é Eduardo José Barros Costa, sócio oculto da Construservice, que foi detido nas primeiras fases da apuração. A polícia suspeita que Costa tinha fácil acesso à alta cúpula da estatal e que as licitações da empresa podem ter sido utilizadas apenas para formalizar o direcionamento de verbas para a Construservice.

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