Fufuca é alvo de preconceitos na mídia nacional

SÃO LUÍS - Há um claro movimento da mídia nacional que demonstra preconceito contra o deputado federal do Maranhão, André Fufuca (PP). Ele é o indicado do partido para assumir um ministério no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para além do movimento do Centrão de entrar no governo com o claro “toma lá, dá cá” que é característico de partidos como PP, União Brasil, Republicanos e outros tantos do Centrão, as reportagens a respeito de Fufuca tem demonstrado um certo preconceito com o representante maranhense.

Já houve, por exemplo, reportagem fazendo referência da “herança política" dele resumindo o posto atual (Fufuca é líder do PP na Câmara, logo o responsável pela articulação política do partido na Casa) e também a possibilidade de chegar ao primeiro escalão de Lula ao fato de ser filho de político.

Claro que Fufuca entrou na política com ajuda do pai, mas o jovem deputado conseguiu costuras importantes que já o levou até assumir a presidência da Câmara interinamente em 2017. Não foi a atuação de Fufuca Dantas que o colocou lá.

E mais: “herança política” não é algo que se resume ao Maranhão, ao Norte ou ao Nordeste. Basta lembrar de Covas em São Paulo, os Picciani no Rio de Janeiro e os Neve em Minas Gerais. Exemplos não faltam.

Mais recente um verbo foi criado para tentar desqualificar a indicação de André Fufuca. Um “fufucar” com um duplo sentido claro foi usado para informar que o médico bolsonarista, Allan Garcês, pode assumir a cadeira de deputado caso Fufuca vá para um ministério.

Sobre Garcês, é difícil imaginar que ele causará algum problema para Lira e Fufuca. Quando questionados a respeito, eles costumam dizer que o médico é “parceiro” e “irmão”.

O fato é que Fufuca deverá enfrentar mais tons preconceituosos nos próximos dias até porque não deve sair esta semana a definição do espaço que será dado para o PP. 

Pelo PP, os deputados da bancada já fecharam questão a favor da indicação de Fufuca para ministério apesar de 20% da bancada ser contra a adesão da legenda ao governo Lula. O martelo da bancada foi batido na reunião da terça-feira, 1.

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