Postura de Dino em ministério justifica a 12ª posição em pesquisa

SÃO LUÍS - A pesquisa do site Congresso em Foco sobre a avaliação dos parlamentares sobre os ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parece ter sido surpresa para alguns observadores da cena política já que o maranhense Flávio Dino (PSB), ministro da Justiça, não aparece nem entre os 10 primeiros melhor avaliados.

Mas não tem como ele aparecer mesmo. O Congresso Nacional tem uma composição de deputados e senadores, cuja maioria não faz parte do campo político de Dino. Na Câmara são 138 e no Senado, somente o PL tem mais da metade das cadeiras.

Aliado a isto, o ministro da Justiça deixou o clima muito tenso no início da legislatura quando ele compareceu a uma série de sessões de convite para esclarecimentos a respeito dos atos do dia 8 de janeiro com ataques às sedes dos três poderes.

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Dino, nestas ocasiões, mostrou seu nível de conhecimento, sua impaciência para as fake news usadas como argumentos e todo seu conjunto de ironia com tiradas (muitas vezes jocosas) que deixavam seus questionadores em situação vexatória.

Fora estas situações dentro do Congresso, Dino também é visto como algoz. “Comandante” da Polícia Federal, muitos congressistas temem que Flávio Dino use a estrutura que tem para perseguir adversários. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), por exemplo, andou reclamando de operações da PF contra aliados seus.

Enfim, juntando mais o fato de Flávio Dino não precisar fazer a articulação política no Congresso para aprovação de pautas do Ministério da Justiça, a 12ª posição entre os ministros avaliados pelos deputados e senadores, Dino não tinha como ter a mesma posição do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vem sido visto como conciliador não somente pela classe política. A empresarial é só elogios também. 

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