SÃO LUÍS - O deputado estadual Yglésio Moyses (PSB) protestou na sessão desta terça-feira (11), na Assembleia Legislativa, após um projeto de lei de sua autoria ter sido alterado na Casa.
Na forma original, projeto proibe que uma mulher trans, por exemplo, jogue uma competição feminina – como ocorre na Superliga Feminina de Vôlei, em que joga Tifanny Abreu, atleta trans.
Ocorre que, segundo Yglésio, a alteração acabou desmontando o teor e a eficácia do projeto, por isso a reclamação.
Quem propôs a mudança foi o deputado Rodrigo Lago (PCdoB), que apresentou um substitutivo na ocasião do acolhimento de emendas ao projeto.
“Eu não acredito que os colegas vão ter coragem de aprovar esse substitutivo dele aí, por que senão vai ser confusão aqui dentro dessa Assembleia. Isso é um desrespeito. Quer fazer o seu projeto de lei lacrador, faça o seu projeto de lei lacrador, agora não modifique o meu”, disse.
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E completou: “Seja homem para reprovar, seja mulher para reprovar o meu projeto, mas não seja desleal de alterar, de fazer substitutivo para tentar me ridicularizar. Eu nunca ridicularizei colega aqui nesta Casa. Sempre respeitei colega e não aceito de forma alguma desfiguração de projeto meu para fazer graça em twitter para esse pessoal ficar de palhaçada com a cara dos outros”, disse, sem citar o nome do colega.
Rodrigo Lago não se manifestou sobre o tema.
Projeto
Na ocasião em que apresentou o projeto de lei, Yglésio defendeu equilíbrio nas competições e disse que a participação de pessoas do sexo biológico masculino, em competições femininas, é injusto e tira espaço das mulheres.
“Com o fito de evitar a integração de pessoas do sexo biológico masculino em equipes femininas, causando, com isso, desequilíbrio e injustiça no resultado das competições, a propositura em tela deve ser aprovada”, destacou o socialista em sua proposição.
Na oportunidade, ele disse que o objetivo do projeto era a "proteção física das pessoas biologicamente definidas como mulheres em práticas esportivas, já que elas são dotadas de capacidades físicas mais comedidas do que as pessoas transexuais, principalmente no que se refere à velocidade e à força física, o sexo biológico deve ser o critério definidor do gênero em competições”.
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