Prevenção

Deputados querem detector de metal em escolas do Maranhão

Neto Evangelista e Yglésio Moyses apresentaram projetos de lei sobre o tema na Assembleia Legislativa; matérias ainda serão apreciadas na Casa.

Ronaldo Rocha / Ipolítica

Atualizada em 06/04/2023 às 08h18
Escola situada em Chapecó, em Santa Catarina, tem detector de metais (Diego de Bastiani / Divulgação)

SÃO LUÍS - Os deputados estaduais Neto Evangelista (União) e Yglésio Moyses (PSB) apresentaram projetos de lei na Assembleia Legislativa que tornam obrigatória a instalação de detectores de metais em escolas públicas e privadas do Maranhão. 

As medidas foram propostas depois dos recentes ataques em escolas do país e a ameaça de massacre em escolas no estado. 

Na última quarta-feira um homem atacou uma creche em Blumenau e matou quatro crianças que tinham entre 4 e 7 anos de idade. No mesmo dia um adolescente foi apreendido pela Polícia Militar do Maranhão, por planejar ataque a professores, alunos e funcionários da escolas UEB Rubem Teixeira Goulart, situada em São Luís.

“Diante dos reincidentes ataques em escolas registrados nos últimos dias, protocolei Projeto de Lei para tornar obrigatório o uso de detector de metal em escolas públicas e privadas no Maranhão. Precisamos garantir a segurança de nossas crianças e adolescentes”, escreveu Neto Evangelista em seu perfil em rede social.

Ele lembrou da apreensão de um adolescente de 17 anos na capital, que admitiu à polícia ter planejado para a próxima semana um massacre em escola pública da capital. 

“Aqui em São Luís, ontem, um adolescente foi preso suspeito de tentativa de ataque em uma escola da rede municipal de ensino. Além disso, após ameaças de ataques, essa semana, a Justiça autorizou revista nos pertences de alunos e colaboradores de uma escola particular”, pontuou.

Monitoramento

O deputado estadual Yglésio Moyses quer monitoramento amplo nas instituições de ensino do estado, com inspeção de mochilas ou a instalação de detectores de metal em suas entradas como medida preventiva à violência escolar.

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Segundo o projeto de Yglésio, a inspeção de mochilas ou a instalação de detectores de metal devem ser realizadas por profissionais capacitados para tal, com o objetivo de garantir a segurança dos alunos, professores e demais funcionários das escolas. As instituições de ensino terão o prazo de 180 dias, contados a partir da publicação da lei, para se adequarem às disposições aqui previstas.

Os projetos de Neto Evangelista e de Yglésio ainda vão ser apreciados por comissões técnicas da Casa, antes de irem ao Plenário.

Ronda Escolar

Na tarde de quarta-feira, logo após a repercussão de que um adolescente havia sido interceptado pela Polícia Militar no Maranhão por planejar massacre em escola pública, a Prefeitura de São Luís anunciou reforço no trabalho do Grupamento de Segurança Escolar (GSE), que é realizado pela Guarda Municipal nas escolas da rede municipal de ensino. 

O GSE promove um ciclo de palestras para alunos, pais, responsáveis e profissionais da educação. 

Justiça

No início da semana uma ameaça a uma escola da rede privada de São Luís resultou na autorização judicial para o procedimento de revista de bolsas e pertences de alunos, funcionários e visitante na instituição. 

A informação foi divulgada por meio de nota publicada pelo Colégio Literato, onde a ameaça de ataque foi identificada. A revista de bolsas e mochilas, segundo a escola, “se trata de uma medida excepcional, autorizada judicialmente, e será executada com a indispensável discrição e cautela para que seja preservada a intimidade de nossos alunos e colaboradores”, destaca trecho da nota.

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