Deputado sugere manipulação em processo de reajuste de tarifa de ônibus

SÃO LUÍS - O deputado estadual Yglésio Moyses (PSB) sugeriu em seu perfil em rede social, uma suposta manipulação no processo de reajuste das tarifas de ônibus da capital. 

O reajuste de R$ 0,30 foi anunciado pelo prefeito Eduardo Braide (PSD) na quarta-feira. A tarifa passará de R$ 3,90 para R$ 4,20 o que, segundo o prefeito, está previsto no contrato de licitação assinado em 2016 pelo seu antecessor, Edivaldo Holanda Júnior (PSD).

Com o reajuste, segundo Braide, está descarta a possibilidade de greve de rodoviários na capital. 

Para Yglésio, contudo, o aumento no valor da passagem de ônibus é resultado de uma articulação que envolve setores do transporte público junto ao Executivo Municipal. 

“Combinadaço de todo ano: Sindicato dos Rodoviários ameaça greve;  SET pede tarifa lá em cima; Prefeitura estica e encolhe e aumenta 30 - 40 centavos toda vez. Segue a sina do transporte público ludovicense. Ano que vem tem mais… do mesmmo”, escreveu.

De acordo com Yglésio, o reajuste da tarifa em 2024 não ocorrerá em janeiro, mas somente em dezembro. 

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Acordo

Na quarta-feira, ao anunciar o reajuste, Braide revelou que os empresários cobravam aumento da passagem para R$ 5,70 com a alegação de déficit no sistema de transporte público. Depois de intervenção do Municípios nas negociações, o valor foi fixado em R$ 4,20.

"Neste ano, os empresários queriam que a passagem subisse para R$ 5,70, mas nós conseguimos deixar a passagem em R$ 4,20. Ou seja, um reajuste de R$ 0,30 e é esse reajuste que vai permitir o aumento dos rodoviários. Em contrapartida, daqui para frente, qualquer subsídio ou repasse da Prefeitura ao Sistema de Transporte Público, terá que haver melhorias. Por isso, exigimos que mais ônibus voltem a rodar com ar-condicionado e ainda neste ano, entregaremos mais de 60 ônibus para renovarmos a frota. É assim que vamos trabalhando pela nossa cidade", disse o prefeito.

Outro lado

O prefeito Eduardo Braide, o Sindicato dos Rodoviários e o SET não comentaram as declarações de Yglésio Moyses.

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