São Luís vive de novo o problema cíclico do sistema de transporte público
Sem atenção para a área, a Prefeitura de São Luís usa o mesmo artifício de vezes anteriores de ameaça de greve; gestão municipal buscou a Justiça para evitar a paralisação dos rodoviários sem nada dizer para a população.
SÃO LUÍS - A história se repete mais uma vez em São Luís no início da cada ano que chega. Mais uma vez o sistema de transporte público da capital em xeque devido a ameaça de greve dos motoristas e cobradores e a pressão por reajuste de tarifas feita pelos empresários do setor.
E quem deveria comandar todo o “barco deste sistema”, a Prefeitura de São Luís, usa sempre o mesmo artifício: ação na justiça para manter um percentual da frota funcionando mesmo com a paralisação dos trabalhadores. Desta vez, a gestão de Eduardo Braide (PSD) pede 80% dos ônibus em funcionamento.
É a novela se repetindo. Somente na atual administração de São Luís, é a terceira vez este problema.
O que isto significa? Significa que o tratamento dado aos sistema de transporte público é sem qualquer zelo e, na maioria das vezes, beneficiando os empresários. É subsídio seguido de reajuste de tarifas e acompanhado de reclamação de que o sistema causa prejuízo.
O fato é que para além da Prefeitura de São Luís que tem deixado a desejar no trabalho nesta área do transporte público, o Ministério Público também tem dado de costas para os problemas recorrentes nesta área. Nunca se sabe, afinal, quem é o culpado para este problema cíclico que deixa 70% da população da capital maranhense prejudicada no seu direito de ir e vir.
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Os vereadores tentam fazer a mediação deste conflito, mas acabam não avançando o necessário. Desta vez, em reunião na tarde desta quarta-feira, 15, com representante do Sindicato dos Rodoviários, houve até a proposta de afastamento de Diego Baluz, secretário municipal de Trânsito e Transportes.
Se afastarão, não se sabe. O presidente da Câmara, Paulo Victor (PCdoB), está verificando junto a Procuradoria da Casa se existe embasamento político para colocar a proposta para frente.
Enquanto isto, os rodoviários afirmam que manterão a greve marcada para as primeiras horas da quinta-feira, 16. E como dito no início, o ciclo se mantém e mais uma vez a população sofrerá com o problema sem solução.
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