SÃO LUÍS - O Sistema de Transporte Público de São Luís, sem dúvidas, é um dos problemas graves na gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD). Em 24 meses de mandato, ele ainda não conseguiu “exorcizar o fantasma” das paralisações no serviço. Pelo contrário, Braide, ao que tudo indica, baterá um novo recorde como prefeito: três greves de rodoviários em menos de dois anos.
Há uma grave crise no sistema de transporte público de São Luís. Em outubro do ano passado, 12 dias de paralisação total dos serviços. Um recorde entre as gestões da capital. Resultado: volta do subsídio da Prefeitura para as empresas de transporte público.
Em menos de seis meses nova paralisação. Desta vez durou mais de 40 dias. Novo recorde com o resultado de pagamento de subsídio para as empresas (que soma R$ 20 milhões) até abril de 2023.
Além do subsídio, Eduardo Braide garantiu o aumento das tarifas com a promessa de dar aos mais de 750 mil usuários melhores serviços na área.
Tudo não passou de promessa. Os serviços ainda são um caos (ônibus sem ar condicionado, mais envelhecidos e ainda com atrasos substanciais porque as empresas ainda colocam o motorista para ser cobrador também).
E por que não melhorou? Os empresários garantem que a Prefeitura paga em atraso o subsídio firmado em acordo com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na audiência de conciliação para colocar fim a greve dos rodoviários que ultrapassava um mês. A prefeitura diz que cumpre o acordo.
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No entanto, os salários dos funcionários das empresas de transporte público da capital começaram a atrasar assim como benefícios como ticket alimentação. Um comunicado aos trabalhadores diz que o pagamento do 13º salário será em oito parcelas. Fica a dúvida: o subsídio está realmente sendo repassado?
O fato é que os trabalhadores decidiram não mais aguentar mais e decretaram paralisação.
O que causa maior estranheza neste processo, é que a Prefeitura de São Luís tem em seus cofres quase R$ 10 milhões de assistência financeira enviado pelo Governo Federal para ajudar no transporte público e não repassa para as empresas. A gestão diz que existe uma série de regras que precisam ser cumpridas para depois repassar o recurso.
Diante de tantos tropeços e problemas, fica claro que o prefeito Eduardo Braide não está pronto para resolver questões básicas e de suma importância como o transporte público. Mais de 70% da população de São Luís corre o risco de, mais uma vez, ficar sem o direito de ir e vir ou, então, pagar bem mais caro para conseguir se deslocar.
Perde o cidadão, perde a economia de São Luís e perde a própria cidade.
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