Polêmica

Othelino reforça defesa a PL que institui passaporte vacinal no Maranhão

Em vídeo institucional, o presidente da Assembleia Legislativa explicou alguns pontos do projeto de lei que tem provocado polêmica no setor empresarial do estado

Ronaldo Rocha / Núcleo de Política

Atualizada em 26/03/2022 às 18h36
Othelino Neto é presidente da Assembleia Legislativa (Elias Auê)

SÃO LUÍS - O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), voltou a defender o projeto de lei de sua autoria, que torna obrigatório o passaporte vacinal ao cidadão que pretende ter acesso a eventos e estabelecimentos no Maranhão.

Em vídeo institucional, Othelino explicou alguns pontos do projeto apresentado na Assembleia Legislativa na última quarta-feira.

"O projeto de lei de minha autoria, que estabelece como obrigatória a exigência do comprovante de vacinação em restaurante e em bares que são fechados, tem por objetivo garantir a saúde das pessoas, para que elas possam ir e vir de forma mais tranquila com menos riscos à sua saúde", disse.

O presidente do Legislativo Estadual admite que o projeto provocou muitas dúvidas à população e disse que muita gente apoiou e uma minoria foi contrária.

"Um dos pontos que têm sido questionados é afirmando que a vacina não é segura, que ela seria experimental. A vacina não é nenhuma novidade para nenhum de nós. Nós tomamos vacina desde que nascemos. A vacina contra Covid foi produzida de forma acelerada em razão do estrago que a doença estava fazendo na vida das pessoas. Milhões de pessoas morrendo, problemas econômicos graves sendo gerados, desemprego, aumentando o nível de pobreza e em especial nos países em desenvolvimento e agora está comprovado que a vacina surte efeito", destacou em outro trecho.

Othelino segue com uma série de explicações técnicas sobre o processo de imunização e a importância do processo de vacinação em todo o planeta.

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Passaporte e liberdade

"Alguns afirmam também que o passaporte não evita que o vírus circule. De fato o vírus não deixa de circula, mas ele diminui bastante. A pessoa vacinada, mesmo quando ela entra em contato com o vírus, em algumas vezes ela nem pega a Covid-19 e quando pega a transmissibilidade do vírus é muito menor. Isso não sou eu que estou dizendo, porque não sou profissional de saúde, são cientistas e profissionais de saúde que se dedicaram a estudar esse assunto", completou.

Othelino também falou sobre o questionamento levantado por cidadãos contrários ao passaporte e que defendem o direito de ir e vir.

"Um dos questionamentos mais incisivos diz que todos têm o direito e de ir e vire que este projeto de lei teria uma característica mais arbitrária neste sentido. Ao contrário: o projeto de lei visa garantir o direito de ir e vir, da maioria, da ampla maioria, que atende a ciência, que respeita a ciência e tomou a vacina para se proteger. Essas pessoas têm o direito de ir a um restaurante, de ir a um bar, de ir ao cinema, de ir a um shopping center de ir a um determinado estabelecimento ou mesmo ao seu ambiente de trabalho sentindo-se seguro. Se é um ambiente em que todos estão vacinados, ele certamente está mais seguro, inclusive em outros países, especialmente na Europa, como a França já têm adotado medidas restritivas mais severas", finalizou.

O projeto de lei 001/2022 foi publicado no Diário Oficial da Assembleia e será analisado pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e Saúde para receber parecer antes de ir à votação no Plenário, em fevereiro, no retorno dos trabalhos.

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