Operação Irmandade

Prefeito de Pinheiro é alvo de operação da PF por desvios de verbas federais da saúde e educação no Maranhão

Operação foi deflagrada nas cidades de São Luís e Palmeirândia.

Imirante.com, com informações da PF

Atualizada em 26/03/2022 às 18h38
Mandados foram cumpridos no início da manhã desta quarta-feira (12). (Foto: Divulgação / Polícia Federal)

SÃO LUÍS – O prefeito da cidade de Pinheiro, Luciano Genésio (PP), foi alvo de uma operação da Polícia Federal, denominada 'Irmandade', deflagrada na manhã desta quarta-feira (12), em São Luís e Palmeirândia. Segundo a PF, Luciano é suspeito de integrar uma organização criminosa responsável por fraudes licitatórias, desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro em Pinheiro.

De acordo com a PF, o esquema envolvia verbas federais do Fundo Nacional de Saúde e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

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Ainda segundo a PF, a investigação se concentra nos Pregões 030/2018 e 016/2020, que custaram cerca de R$ 38 milhões aos cofres públicos, e deram origem a contratos firmados com empresas pertencentes aos membros da organização criminosa. A PF localizou diversos indícios no sentido de que o proprietário de fato dessas empresas seria o prefeito de Pinheiro, Luciano Genésio (PP), o que se confirmou por meio da análise das movimentações bancárias.

Luciano Genésio, prefeito de Pinheiro. (Foto: Divulgalção)

Com o andamento da investigação, foi constatado que parte dos pagamentos realizados pelo Poder Público para as empresas envolvidas no esquema era revertido para as contas do prefeito Luciano Genésio. Diante desses fatos, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de sequestro de valores. O prefeito Luciano Genésio recebeu ordem de suspensão do exercício da função pública, proibições de acessar ou frequentar a prefeitura, de manter contato com os outros investigados e de se ausentar da comarca de sua residência durante a investigação.

Dinheiro em espécie apreendido durante a operação. (Foto: Divulgação / Polícia Federal)

Ao todo, 60 policiais federais cumpriram as determinações judiciais expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que decorreram de uma representação elaborada pela Polícia Federal. Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude à licitação (Art. 96, inciso I, Lei 8.666/93), peculato (Art. 312, Código Penal), lavagem de capitais (Art. 1º, caput, Lei 9.613/84) e integrar organização criminosa (Art. 2º, Lei 12.850/13).

Somadas, as penas podem chegar a 34 anos de prisão. A denominação 'Irmandade' faz referência à composição da organização criminosa, que possui, tanto no núcleo político, quanto no núcleo empresarial, irmãos participantes do estratagema criminoso.

Em nota pública, o prefeito Luciano Genésio informou que apresentará defesa e estará à disposição das autoridades. Leia a íntegra da nota:

(Foto: Divulgação)

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