Justiça

Julgamento de PM e vigilante, acusados de triplo homicídio no Coquilho, é adiado para fevereiro

Crime foi registrado no dia 3 de janeiro de 2019, na zona rural; o julgamento vai ocorrer no dia 22 de fevereiro.

Imirante.com

Atualizada em 26/03/2022 às 18h52

SÃO LUÍS - Foi adiado para o dia 22 de fevereiro de 2022 o julgamento dos dois acusados de um triplo homicídio no Coquilho, na zona rural de São Luís. Os réus são o policial militar Hamilton Caíres Linhares e o vigilante Evilásio Lemos Ribeiro Júnior, que seriam julgados nesta terça-feira (14), no 2° Tribunal do Júri de São Luís.

O juiz Gilberto de Moura Lima acatou o pedido da defesa do PM Hamilton protocolado na noite dessa segunda-feira (13). O advogado Alan Pinheiro argumentou que a mãe dele estaria internada e, por isso, ele não teria condições de atuar no júri nesta data.

Com o pedido de adiamento do julgamento do policial, o promotor de Justiça Rodolfo Reis considerou que seria mais positivo não desmembrar o processo é pediu que fosse adiado também o julgamento do vigilante, o que foi acatado.

O policial militar Hamilton Caíres Linhares é acusado de matar as vítimas. / Foto: Divulgação.
Evilásio Júnior aparece nas investigações como suspeito de ter ajudado Hamilton. / Foto: Divulgação.

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No dia 3 de janeiro de 2019, os adolescentes Gildean Castro Silva, Gustavo Feitosa Monroe e Joanderson da Silva Diniz foram assassinados com tiro na cabeça.

Três jovens que foram vítimas da chacina em Coquilho, na zona rural de São Luís. / Foto: Reprodução.

O crime

Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia do crime, os três adolescentes saíram de casa, em duas bicicletas, para a localidade conhecida como "Romão", área de banho e pesca. A estrada de acesso estava localizada dentro da construção do Residencial Mato Grosso, no Coquilho. Por volta das 14h, as vítimas foram avistadas por um dos seguranças, que avisou aos seus companheiros de serviço a possível entrada de invasores.

Os corpos e duas bicicletas somente foram encontrados no dia seguinte, quando os parentes sentiram falta dos jovens e saíram em busca deles.

Depoimentos

Ao ser interrogado, o vigilante negou a autoria do crime, confessando, em seu primeiro depoimento, que esteve na entrada do matagal com o policial, mas não entrou no local, e ouviu três disparos de arma de fogo. No segundo depoimento, ele disse que entrou depois do militar e, como não mais avistou o PM e as vítimas, voltou para a motocicleta.

Já Hamilton Caires negou qualquer envolvimento no delito e disse que apenas desferiu um tiro para cima para assustar os supostos invasores, dizendo que nem chegou a vê-los. Quando foi solicitado que entregasse sua arma para realização de exame de comparação balística com os projéteis retirados dos corpos e do local do crime, ele disse que perdera a arma, estojo e carregador, no mês de outubro de 2018, embora não tenha noticiado o fato à corporação policial.

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