Eleições 2022

César Pires afirma que discussão de PEC vira disputa por 2022 na AL

De acordo com o parlamentar, análise sobre a PEC da Emenda Impositiva foi transformada em disputa entre Weverton e Brandão na Casa

Ronaldo Rocha / Núcleo de Política

Atualizada em 26/03/2022 às 19h05
César Pires é deputado estadual (César Pires)

SÃO LUÍS - O deputado estadual César Pires (PV) afirmou na noite desta quinta-feira (18) em entrevista exclusiva ao programa "O Que Interessa", da rádio Mirante FM, que a proposta de mudanças na concepção da PEC da Emenda Impositiva se transformou numa disputa política entre o senador Weverton Rocha (PDT) e o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), pré-candidatos ao Governo do Estado para 2022.

A matéria, que havia sido apresentada pelo deputado Yglésio Moyses (PSDB), mas que agora é sustentada pela assinatura de Wendell Lages (PMN) depois de recuo do autor, tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

Lá, até o início da semana, o Palácio dos Leões reunia a maioria de votos para a derrubada da PEC. Apesar disso, o cenário ainda pode mudar nas próximas horas, tanto na CCJ, quanto no Plenário, onde o Governo também acumulava maioria de apoio.

Leia também: Sem maioria, PEC da Emenda Impositiva não entra em pauta

Ocorre que o senador Weverton Rocha - aliado do presidente da Casa, deputado Othelino Neto (PCdoB) -, que é favorável à aprovação da matéria, e o vice-governador Carlos Brandão, alinhado ao Palácio, entraram no circuito.

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"É lamentável que uma questão tão técnica, própria do legislativo, tenha se transformado em palco de disputa política. Mas a verdade é que hoje, a PEC da Emenda Impositiva virou uma disputa entre Weverton e Brandão", disse César Pires.

O deputado, que foi o primeiro a propor a Emenda Impositiva no Maranhão, em 2015, afirmou que o tema acabou sendo diminuído, por causa da disputa eleitoral de 2022.

Apesar disso, ele questionou a postura do governador Flávio Dino (PSB) em relação ao tema.

"Lá em Brasília o senador Weveton Rocha é de oposição ao Governo Federal, mas recebe as suas emendas. Aqui no Maranhão o Governo conseguiu aprovar uma PEC ilusória, que de um total de R$ 3 milhões, reduziu o pagamento para R$ 1,5 milhão e isso a seu critério próprio. No Maranhão não há emenda impositiva", disse.

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