Destravada

Câmara de São Luís mantém vetos de Braide à LDO de 2022

Após três semanas de debate, vereadores de São Luís votaram na manhã desta quarta-feira, 27, os vetos do Poder Executivo que estavam trancando a pauta da Casa

Carla Lima/Editora de Política

Atualizada em 26/03/2022 às 19h17
Osmar Filho foi um dos mediadores entre os Poderes Legislativo e Executivo que levaram a manutenção dos vetos de Braide à LDO (Divulgação)

A Câmara Municipal de São Luís manteve, nesta quarta-feira, 27, vetos do prefeito Eduardo Braide (Podemos) a emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício de 2022. Com a votação dos vetos, a pauta da Casa foi destrancada.

Os vetos foram dados nas emendas que tratam dos aportes das emendas impositivas referentes ao percentual de 50% e ainda determina a comunicação do valor para pagamento pela Prefeitura ao Poder Legislativo até o dia 28 de fevereiro do próximo ano.

A votação ocorreu após três semanas de negociações entre Prefeitura e Câmara. Havia um impasse entre o Executivo e o Legislativo. Vereadores pediam a abertura de um canal de diálogo com a Prefeitura.

As conversas avançaram com intermédio do presidente da Câmara, vereador Osmar Filho (PDT), e do líder da Prefeitura na Casa, vereador Marcial Lima (Podemos), que disse que o Legislativo deu uma lição de diálogo na manutenção dos vetos.

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“O parlamento dá uma lição de diálogo. Durante esses dias, nós tivemos uma satisfação muito grande de conversar com todos os segmentos da Casa.. Nós voltamos com muito respeito à condição do que a cidade estar, pois hoje estamos vivendo um processo terrível, com a cidade parada, o comércio enfrentando dificuldades e, todo mundo sabe da greve dos rodoviários, então a Câmara deu uma lição importante de diálogo entre vereadores da base do governo, os parlamentares independentes visando mostrar a importância do que é o trabalho do Legislativo para desenvolver o nosso capital”, completou.

O vereador Jhonatan Soares, do Coletivo Nós (PT), lamentou a manutenção dos vetos e afirmou que a decisão contribuiu para reforçar o que vem motivando a capital maranhense a ocupar os piores índices no ranking de transparência.

“Acho que o prefeito deveria se envergonhar de não gostar de querer fazer uma gestão transparente, pois não é à toa que a Prefeitura de São Luís está em quinquagésimo primeiro lugar no ranking de transparência porque não quer fazer audiência pública, não quer prestar contas, não quer fazer transparência, então esses vetos só demonstraram isso. Então, o que era importante era destravar a pauta”, disse o parlamentar.

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