SÃO LUÍS - Com a chegada do período chuvoso, os caramujos africanos (Achatina Fulica) volta a aparecer com frequência. O caramujo africano é uma espécie de molusco terrestre tropical, originário do leste e nordeste do continente africano.
Foi disseminado no mundo pela ação humana ligado à gastronomia, sendo utilizado como opção para o escargot, tanto na região da Tailândia, China, Austrália, Japão e recentemente no continente americano. O caramujo africano foi considerado uma das cem piores espécies invasoras do mundo, causando sérios danos tanto para o meio ambiente quanto para a saúde pública.
A espécie Achatina fulica é classificada como espécie exótica invasora, dada sua origem no continente africano e a inexistência de predadores naturais para realizar seu controle populacional. O molusco participa do ciclo de transmissão de um tipo de meningite que acontece por via oral: por meio da ingestão do animal cru, mal cozido ou de seu muco, bem como ingestão de hortaliças e verduras contaminadas pelo muco de caramujos infectados. Por isso, é necessário a lavagem dos vegetais, uma colher de sopa de água sanitária em um litro de água durante 30 minutos já é suficiente.
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Recentemente, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) foi informada sobre ocorrências de caramujos africanos na capital que ocorrem, sazonalmente, no período de chuvas e são, em algumas ocasiões, confundidos com o caracol brasileiro.
O caramujo africano, por não se tratar de uma espécie da nossa fauna, implica em desequilíbrio ecológico e impacto na fauna nacional, portanto, é necessário que seja feita essa identificação para que ocorra a eliminação da espécie exótica nociva. A concha do africano é mais alongada e pontiaguda, além de possuir coloração mais escura, possui mais giros e borda afiada e cortante, diferentemente do caracol brasileiro.
O controle populacional do caramujo africano é autorizado em todo o território do Maranhão por meio do Decreto nº 34324 de 12/07/2018, que declara a nocividade da espécie exótica invasora Achatina fulica e institui grupo de trabalho interinstitucional – GTI, com objetivo de articular, desenvolver e monitorar ações, de curto, médio e longo prazos, para manejo e controle desta espécie que apresenta riscos para a saúde, meio ambiente e agricultura.
Sabe-se que a maior atividade e visualização desses animais ocorre com a temperatura ambiente mais amena, sugerindo que os melhores horários para coleta são no início da manhã e fim da tarde.
Recomendações
Seguem abaixo os procedimentos indicados à população como forma de controle dos caramujos africanos:
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1 – Diferencie os caramujos nativos dos caramujos africanos;
2 – Faça coleta com as mãos bem protegidas com luvas ou sacos plásticos;
3 – Coloque o molusco em um balde contendo uma das misturas a seguir: 1litro de água sanitária para 3 litros de água ou; 1 quilo de cal ou sal grosso juntamente com 6 litros de água;
4 – Deixe os caramujos imersos por um período de 24 horas para garantir sua morte;
5 – Quebre as conchas para evitar criadouro do mosquito da dengue Aedes aegypti.
6 – Descarte no lixo comum.
Como se prevenir
1 - Higienize bem as frutas e legumes;
2 - Nunca ingira os moluscos capturados;
3 - Nunca os leve para casa;
4 - Nunca use como isca para peixe;
5 - Nunca use pesticidas para eliminação do caramujo.
Solicitações de informações adicionais e registros poderão ser feitos junto à Superintendência de Biodiversidade e Áreas Protegidas (Sbap), por meio do Gerenciador Eletrônico de Documentos (GED) e de contatos por e-mail e telefone: saf.sbap@sema.ma.gov.br e telefone (98) 3194-8900 (ramal 8964).
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