Além da dor

Família luta com a burocracia para trazer corpo de João Miguel ao Maranhão

A criança que tratava queimaduras morreu nessa quarta (13) após uma parada cardíaca.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h14
João Miguel morreu no Hospital de Urgência Governador Otávio Lage (Hugol). (Foto: divulgação)

SÃO LUÍS – O corpo do menino João Miguel, que morreu na manhã dessa quarta-feira (13) após uma parada cardíaca, deve ser trazido de Goiânia (GO) para São Luís (MA) nesta quinta (14) e, em seguida, encaminhado a Buriticupu (MA) para ser velado.

Porém, além da dor pela perda do João, a família enfrenta agora uma burocracia em Goiânia. Eles não conseguem emitir o CPF necessário para o traslado do corpo porque não estão com a certidão de óbito em mãos. E, para emitir a certidão, é necessário o CPF. O impasse foi relatado na manhã de hoje por Gabriel Oliveira, amigo da família e que acompanhava João Miguel.

Além disso, com a demora, eles temem enfrentar mais transtornos devido às escalas no voo para o Maranhão. Inicialmente, o corpo seria levado para Imperatriz (MA), porém em razão da logística do voo, foi alterado o roteiro.

O Hospital de Urgência Governador Otávio Lage (Hugol), onde João Miguel estava internado após sofrer queimaduras, liberou o corpo para o velório por volta das 16h dessa quarta-feira.

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Relembre o caso

João Miguel, de cinco anos, sofreu queimaduras de terceiro grau no dia 14 de novembro de 2018, enquanto acompanhava o pai em uma carvoaria no povoado Sagrima, município de Buriticupu, a criança correu em direção a um local em que havia um buraco coberto e fogo por baixo. Pelo menos três pessoas, entre elas o pai de João Miguel, também se queimaram tentando tirar a criança do fogo.

A criança teve 60% do corpo queimado e chegou a ter as pontas dos dedos amputadas por causa das graves queimaduras. O caso comoveu diversos maranhenses que ajudaram através de doações e solidariedade.

No sábado, dia 17 de novembro de 2018, João Miguel deixou o Hospital Municipal Infantil de Imperatriz, onde recebeu os primeiros atendimentos médicos e seguiu para o Hugol em Goiânia, referência nacional no tratamento de queimaduras graves. Nos últimos três meses, o menino havia apresentado um quadro de evolução, com significativa melhoras nas lesões provocadas pelas queimaduras.

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