SÃO LUÍS - A prática do cyberbullying é comum, por toda a internet. Às vezes, de forma imperceptível. Outras vezes, não. E esse é o caso de uma foto que, provavelmente, você tenha visto, em grupos do WhatsApp, rodando e sendo comentada (críticas negativas e positivas) por todos do grupo social, de forma livre. O Imirante.com conversou com uma das integrantes da foto, para entender melhor o caso.
A foto em questão foi tirada em uma formatura, após as nove fotografadas (quatro casais homoafetivos estavam se beijando, e uma das meninas, no meio) escolherem a pose ideal.
“Na hora que tiramos a foto, uma das meninas já postou no Facebook dela e não teve nenhuma repercussão além da usual. Curtidas dos amigos, alguns comentários e pronto. Uma semana depois alguns amigos nos disseram que a foto havia circulado por pelo menos quatro grupos do WhatsApp, incluindo um cristão, e que não era pra falar sobre como a foto era ótima (risos)”, explicou Jéssica, estudante universitária.
Depois da postagem, Jéssica soube da repercussão nos grupos e fez uma postagem falando sobre. “Foram palavras de resistência, amor e orgulho, coisas que eu tenho em grandes doses em mim”, afirmou.
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E essa postagem rendeu. Após quase 10 mil curtidas e mais de 200 compartilhamentos, o Facebook excluiu a postagem, porque ‘Ela não segue os padrões da comunidade do Facebook’. “Pelo pouco que sei, quando uma publicação é muito denunciada, é tirada do ar pela rede social, que não tem condições de analisar particularmente cada denúncia e, por isso, simplesmente exclui o post. E foi justamente o que aconteceu comigo”, disse Jéssica.
Segundo a estudante, os comentários, em sua maioria, eram positivos e de apoio, com algumas ressalvas, de “ódio gratuito”. “Algumas pessoas me mandaram mensagens agradecendo pela postagem, e isso foi melhor do que qualquer coisa que eu poderia pensar”, contou.
E, quando perguntada sobre o sentimento que ficou, depois de tudo, Jéssica finalizou com uma mensagem. “É aterrorizante que esse ódio acabe concretamente com vidas todos os dias. Mas o importante é nunca permitir que as palavras dessas pessoas desanimem a luta por um mundo que valha a pena. Não olho mais essa foto e me lembro de como começou a vontade de escrever sobre isso, mas sim na super repercussão positiva que ele teve e na quantidade de gente que também não tá ligando a mínima pros preconceituosos”, disse.
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