SÃO LUÍS - A greve dos rodoviários do fretamento e do transporte intermunicipal de passageiros segue por tempo indeterminado para reivindicar uma série de melhorias trabalhistas. Em conversa ao Imirante.com, Gilson Coimbra, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (Sttrema), afirmou que a principal reivindicação dos trabalhadores é com relação a um reajuste salarial de 25%, aumento no valor do tíquete-alimentação, que passaria de R$ 429,00 para R$ 600,00; inclusão de um dependente no plano de saúde; redução da jornada de trabalho de oito para seis horas diárias; e seguro de vida obrigatório no valor mínimo de 10 vezes o valor do salário, conforme determinada a Lei Federal 12.619/2012.
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Como forma de manifestação, os ônibus de fretamento continuam parados às margens do Km-0 da BR-135. A greve dos rodoviários que atuam no setor de fretamento e no transporte público intermunicipal de passageiros, em São Luís, iniciaram nessa segunda-feira (19), uma paralisação por tempo indeterminado. Os trabalhadores pararam os coletivos em dois pontos distintos de São Luís, o que gerou complicações no trânsito.
Mais Greve
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Gilson Coimbra, confirmou a greve dos trabalhadores do sistema de transporte coletivo urbano para esta quarta-feira (21). A paralisação dos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus da capital, tem início à meia-noite. Ele garantiu que foram realizadas oito reuniões com representantes do Sindicato dos Empresários do Transporte Público de São Luís (SET) e nenhuma contraprosta foi apresentada aos rodoviários. Coimbra disse, ainda, que o Sindicato vai acionar a sua Assessoria Jurídica para definir se apenas 30% da frota de ônibus vai circular nesta quarta-feira (21), como determina a lei de greve, ou se os coletivos, em sua totalidade, não saiam das garagens.
- Fizemos oito reuniões com os empresários e nenhuma proposta salarial foi apresentada para os trabalhadores. Portanto, decidimos em Assembleia Geral pela greve por tempo indeterminado. Agora, o nosso objetivo é obedecer a lei de greve, que determina 30% da frota circulando. Mas, ficamos preocupados em colocar os ônibus nas ruas e que eles sejam apedrejados. Iremos consultar a nossa Assessoria Jurídica e encontrar uma maneira para consolidar o movimento da categoria. A greve está definida e chegamos a essa decisão tendo em vista o descaso da classe patronal. Em momento algum sinalizaram com uma proposta salarial. Eles só enxergam os problemas enfrentados pelas empresas de transporte coletivo. Os trabalhadores ficam em último plano. Nós vamos manter a greve até acontecer outra reunião e alguma coisa sair em beneficio dos rodoviários. A situação também está muito complicada para todos nós (trabalhadores) - ressaltou.
Reivindicação
Os trabalhadores do sistema de transporte coletivo de São Luís reivindicam 16% no reajuste salarial, a redução da carga horária de trabalho que são de 7 horas e 20 minutos para 6 horas de trabalho, aumento de 600 reais de ticket de alimentação e a inserção de mais 1 titular no plano de saúde.
Justificativa
Em relação à reunião, a classe empresarial, encontra várias dificuldades para obter o reajuste salarial, alegando que o sistema está falido e passa por sérios problemas financeiros.
Uma recente auditoria da Prefeitura fiscalizou o sistema de transportes e as empresas que atuam no na capital maranhense, chegando a números alarmantes e que demonstram oficialmente o déficit de mais de R$ 8 milhões.
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