COP 15

Lula critica EUA sobre corte na emissão de gases

Para presidente, a redução americana de 4% é pouco'. Lula fez um balanço das reuniões em Copenhague.

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 13h03

SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (21), ao longo de seu programa de rádio semanal “Café com o presidente” que a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre as Mudanças Climáticas (COP 15) serviu para alertar os governantes que a Terra precisa de ajuda. Ele fez um balanço do que se discutiu na semana passada em Copenhague, e criticou os Estados Unidos. Ele considera que os norte-americanos estão fazendo 'pouco' pelo planeta.

“O sentimento que fica é o de que os governantes do mundo inteiro vão ter que ter esse tema sempre como prioritário, para que a gente encontre uma solução definitiva e possa garantir a manutenção e a existência do planeta, permitindo que a espécie humana sobreviva”, afirmou Lula.

O presidente fez uma crítica aos países mais desenvolvidos. “O fato é que, cientificamente, está provado que há um aquecimento global. Todo mundo sabe que uma das coisas mais graves é a emissão de gases de efeito estufa. Todo mundo sabe que os maiores culpados são os países mais industrializados. Eles começaram a poluir muito tempo antes do Brasil, China, Índia e de outros países”.

Mas para Lula, o foco da COP 15 não foi encontrar um culpado para a situação, mas uma solução capaz de frear o aquecimento global. “O que se discute agora é quais as medidas vamos tomar”.

Continua após a publicidade..

Crítica aos EUA

O presidente criticou os Estados Unidos. Ele considera que os norte-americanos estão devendo ao planeta. “Os EUA não são signatários do Protocolo de Kyoto. Então, eles não têm metas. Mas mandaram meta para o Congresso Nacional, que é a diminuição de 17%, da emissão de gás de efeito estufa. Significa que estão propondo a redução de apenas 4%. É muito pouco”, afirmou.

Lula acredita que o mundo vai encontrar seu caminho. “Depois de muita tensão, nos colocamos em um acordo entre China, Índia, África do Sul e EUA, que resolveu o problema do Protocolo de Kyoto. Mas até o próximo encontro, no México, deveremos fazer um acordo que possa definir uma política mundial para que a gente trabalhe o desaquecimento global”.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.