Usuários de computador estão sendo alertados sobre um vírus que permite que hackers roubem números de cartões de crédito em outros dados de quem usa serviços bancários on-line.
O vírus BugBear, também conhecido como Tanat, já deve ter afetado, segundo estimativas de especialistas, 99 mil endereços de e-mail, cerca de 65 mil pessoas, e está perto de se tornar um dos maiores vírus de e-mail já existentes.
O vírus chega como um e-mail e já se espalhou para 100 países, incluindo Estados Unidos, Grã-Bretanha, Austrália, Polônia, Finlândia e Índia, desde o último domingo.
A praga virtual é particularmente eficiente no acesso a detalhes bancários on-line e consegue burlar firewalls de segurança.
O bug aparece sob 50 diferentes disfarces, o que torna sua detecção ainda mais difícil. Entre os assuntos do e-mail portador do vírus podem estar as expressões: Market Update Report, Sponsors Needed, Your Gift, Your News Alert, Scam Alert e Membership Confirmation.
O vírus também consegue mudar constantemente suas características - como, por exemplo, alterando o nome do remetente.
Alex Shipp, especialista em combater vírus de computador na Grã-Bretanha, onde trabalha para a firma MessageLabs, disse nesta sexta-feira à CNN: "Ele começou muito lentamente, mas está crescendo depressa e parece estar se espalhando na mesma taxa do vírus Klez, que se tornou o maior já existente".
Uma forma de tentar detectar o vírus é olhar sempre o tamanho do arquivo anexado no e-mail. O BugBear tem cerca de 50.688 bytes.
Acredita-se que o vírus seja originário da Malásia, embora "ciberdetetives" do país neguem. O vírus permite que os hackers rastreiem computadores e acessem detalhes bancários e senhas que são digitadas depois de sua instalação.
A MessageLabs, que escaneia cerca de 10 milhões de e-mails por dia, estima que uma em cada 260 mensagens contenha o vírus. O BugBear está perto de igualar a devastação causada pelo vírus Klez, que afetou 2,5 milhões de cópias.
Mark Sunner, também da MessageLabs, diz que o BugBear desabilita programas antivírus e permite que as pessoas acrescentem ou deletem arquivos de computadores.
O vírus consegue se espalhar produzindo cópias de si mesmo em pastas ou redes compartilhadas, normalmente usadas em grandes empresas. O BugBear fica anexado a artigos do disco rígido de algum usuário e em mensagens no idioma nativo do mesmo.
Segundo Vincent Gullotto, vice-presidente da equipe antivírus da empresa Network Associates, o BugBear se aproveita de uma conhecida vulnerabilidade no navegador Internet Explorer, da Microsoft.
A MessageLabs e os bancos on-line não relataram até agora nenhuma retirada suspeita de contas correntes, mas a empresa alerta que os hackers conhecem essa capacidade do vírus.
Os bancos on-line afirmam que programas antivírus gratuitos que tenham sido atualizados podem conter o BugBear. Algumas instituições financeiras on-line já ofereceram a seus clientes uma garantia contra fraude.
Alex Shipp recomenda que os usuários de computadores atualizem seus programas antivírus para evitar o BugBear. Também vale a pena atualizar versões mais antigas do Outlook Express e é sempre prudente não abrir qualquer e-mail suspeito.
Saiba Mais
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.
+Notícias